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    Anastácio: Divulgar nomes de técnicos da Anvisa é parte de retórica golpista

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (21), Thiago Anastácio comentou sobre a divulgação de nomes de responsáveis pela aprovação do uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças

    Tamara Nassif*da CNN*

    em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (21), o comentarista Thiago Anastácio falou sobre a divulgação de nomes de técnicos da Anvisa que votaram a favor da liberação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças. Desde o parecer positivo na última semana, a diretoria da agência tem sido alvo de ameaças, já investigadas pela Polícia Federal.

    O comentário partiu de uma declaração do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dada na última segunda-feira (20). Na visão dele, não “haveria problema” em divulgar os nomes dos diretores, pois a “publicidade” da tomada de decisões está prevista pela Constituição Federal.

    Além disso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em live recente, que buscaria formas “extraoficiais” para tomar conhecimento dos responsáveis pela aprovação, e que divulgaria os nomes dos técnicos assim que possível.

    Para Anastácio, contudo, há uma contradição: não há como falar de Constituição sem falar de oficialidade. “Não existe nada extraoficial no Brasil”, disse.

    “Por qual caminho se obtém informações extraoficiais no Brasil? E quais são as motivações para divulgação de nomes? É para publicidade ou para colocá-los dentro de uma retórica pobre, tacanha, atécnica e golpista, e sob escrutínio e ameaças de internet?”

    Na visão de Anastácio, as ameaças a diretores da Anvisa, “que chegaram à mesma conclusão científica de todas as agências regulatórias do mundo”, estão sendo incitadas por Bolsonaro.

    “As instituições brasileiras estão abertas, mas não funcionando. E não só: funcionam apenas quando querem politicamente”, disse o comentarista.

    “Vamos publicizar tudo, inclusive os gastos no cartão corporativo? Vamos responder às perguntas de jornalistas, presidente Bolsonaro e procurador-geral Augusto Aras? Então venham a público e ao escrutínio.”

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

    *Sob supervisão de Daniel Fernandes.