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    Análises apontam contaminantes em cervejas da Backer desde janeiro de 2019

    Vinte e nove pessoas foram intoxicadas e sete morreram após consumir a cerveja Belorizontina

    Estadão Conteúdo

    O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou nesta terça-feira (9) que análises indicaram a presença dos contaminantes dietilenoglicol e etilenoglicol em cervejas produzidas pela marca Backer desde janeiro de 2019, conforme relatórios de produção disponibilizados pela empresa.

    “Após a validação do método quantitativo, que permite determinar a quantidade de contaminantes, o Mapa fez a análise de mais de 700 amostras de produtos e insumos coletados na cervejaria Backer e no comércio, visando apurar a contaminação”, disse a pasta em nota.

    Até o momento, os rótulos de cervejas contaminadas detectadas pelo método quantitativo são Belorizontina, Capitão Senra, Backer Pilsen Export, Corleone, Capixaba, Três Lobos Pilsen, Layback D2 e Bravo.

    De acordo com o ministério, a Backer solicitou a reabertura e a liberação de seu parque fabril. “O pedido será atendido somente após a cervejaria cumprir as exigências feitas pelo Mapa e ser capaz de garantir a segurança da produção futura”, disse.

    Rachaduras

    Mais cedo nesta terça-feira, o inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais que apurava os casos de intoxicação envolvendo as bebidas da Backer foi concluído.

    A investigação apontou que as substâncias contaminantes entraram nos tanques que armazenavam a cerveja por rachaduras nos equipamentos. 

    Onze pessoas foram indiciadas por homicídio culposo, lesão corporal e contaminação alimentícia de 29 vítimas, com sete mortes. Não houve pedidos de prisão.

    Os indiciados são seis técnicos do setor de produção, o chefe de manutenção e três integrantes do comando da empresa. Os nomes não foram revelados.

    “O que ocorreu foi acidental, mas passível de punição”, afirmou o delegado Flávio Grossi, responsável pelas investigações.

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