Amigo de rapaz picado por naja é transferido para carceragem da Polícia Civil
Polícia vê risco às investigações
O estudante Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl picado por uma cobra naja, foi transferido na tarde desta quarta-feira (22), para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil do Distrito Federal.
O jovem que também é estudante de medicina veterinária foi preso na manhã desta quarta (22), na terceira fase da Operação Snake, que investiga um possível esquema de tráfico ilegal de animais no DF.
De acordo com a Polícia Civil, a prisão dele se fez necessária pois existe indícios de que Gabriel estaria tentando obstruir as investigações desde o início. Segundo a polícia, o estudante é suspeito de ter ocultado a naja que picou o estudante e outras 16 serpentes que também pertenceriam a Pedro Henrique, localizadas em uma chácara na zona rural de Planaltina.
A prisão é de caráter temporário, por cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. O amigo de Pedro já havia sido alvo da segunda fase da operação, deflagrada na semana passada, quando foi conduzido à delegacia para prestar depoimento e depois liberado. Os agentes da Polícia Civil encontraram maconha em sua residência, o que ainda pode ser caracterizado como posse de drogas ilícitas.
A advogada de Gabriel, Amanda Vieira Bedaqui, disse na delegacia que vai entrar com pedido de Habeas Corpus para revogação da prisão em caráter de urgência e para que o jovem responda o processo em liberdade.
Leia também
Depois de naja, Ibama aplica multas de mais de R$ 300 mil por criações ilegais
Ibama multa em R$ 78 mil estudante picado por cobra naja no DF e família dele
Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, 22 anos, foi picado por uma naja dia 7 de julho e ficou internado em estado grave cinco dias da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular no DF. O estudante de medicina veterinária recebeu alta dia 12 de julho, mas ainda não prestou depoimento porque apresentou atestado de saúde de 18 dias. Com isso, o depoimento só deve ocorrer no início de agosto.
Ao todo, mais de R$ 300 mil em multas ambientais foram aplicados no DF em decorrência da segunda fase da Operação Snake. No total, 32 serpentes foram apreendidas, ao menos 18 delas sob a posse de Pedro Henrique. O estudante foi multado em R$ 62 mil e sua mãe e seu padrasto em R$ 8,5 mil cada. Gabriel também foi multado. Ambos sã investigados por suspeita de tráfico internacional de animais exóticos e nativos, maus tratos e criação ilegal em cativeiro.
