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    Ameaças às lideranças da Amazônia aumentaram nos últimos anos, diz missionário

    À CNN Rádio, Chico Gunther, do Conselho Indigenista Missionário, afirmou que acha difícil que Dom Phillips e Bruno Pereira sejam encontrados com vida

    Amanda Garcia

     

    As buscas pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos na Amazônia desde o último dia 5, seguem na região de Atalaia do Norte.

    “Existe empenho muito grande dos indígenas nessas buscas, sobretudo por tudo o que Bruno vinha fazendo pela defesa dos direitos territoriais dos povos”, afirmou o missionário do Conselho Indigenista Missionário, Chico Gunther, à CNN Rádio.

    Ele afirmou que a área em que foram encontrados materiais de ambos pertencem a um trecho longo, de quase 200km, o que dificulta o trabalho.

    De acordo com Gunther, as “ameaças, sobretudo às lideranças indígenas e de servidores da Funai, têm se intensificado nos últimos anos.”

    O missionário alega que o suspeito de envolvimento no desaparecimento, Amarildo da Costa Oliveira, preso desde a última quarta-feira (8), “é apontado como sendo responsável por diversos ataques à base de proteção ambiental da Funai no Rio Itaquaí.

    “As lideranças seguidamente relatam intimidações pelos pescadores e teria vinculação com o tráfico, de fato os invasores hoje agem com muita liberdade e se sentem seguros”, completou.

    Chico avalia que é “difícil imaginar outra coisa que não emboscada” tenha acontecido com Bruno e Dom.

    “Sempre resta esperança, mas com o passar dos dias e do contexto, a partir do relato das lideranças indígenas, considero difícil que possam ser encontrados com vida”, lamentou.

    *Com produção de Isabel Campos

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