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    Amazônia registra o quinto mês consecutivo no aumento do desmatamento, diz Imazon

    Além do desmatamento, degradação também registrou uma elevação pelo quinto mês

    Rafael Saldanhada CNNVictor Locatelida CNN* , em São Paulo

    Em outubro, a Amazônia registrou o quinto mês consecutivo de aumento no desmatamento e na degradação florestal, de acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

    A degradação, que se trata do dano causado pelo fogo ou extração madeireira, foi de 32.869 km², ou seja, chegou à média de 10 mil campos de futebol afetados por dia, entre janeiro e o mês anterior. Este cenário é o pior quando considerado os últimos 15 anos.

    Somente em outubro, a Amazônia teve uma área degradada de 6.623 km², que equivale a quatro vezes a cidade de São Paulo. O número foi quatro vezes maior que o registrado no mesmo mês em 2023, quando 1.554 km² de floresta foram degradados.

    O pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon, explica que o aumento da degradação florestal é comum na época de seca, sendo conhecido como “verão amazônico”, por causa da alta nas queimadas.

    Mesmo assim, as áreas afetadas nos meses de setembro e outubro são superiores às que vinham sendo registradas pelo sistema. O pesquisador ainda comenta que “a seca severa de 2024 aumenta o risco de queimadas”.

    Líderes de degradação

    Pará, Mato Grosso e Amazônia lideraram a degradação no mês de outubro. O primeiro estado com a maior área afetada pela degradação foi o Pará, com 2.854 km². Em seguida, Mato Grosso registrou 2.241 km², enquanto o Amazonas indicou 1.082 km².

    O estado do Pará também concentrou os seis municípios no ranking dos que mais degradam, atingindo 2.390 km².

    Desmatamento

    O desmatamento acumulado de janeiro a outubro deste ano foi 8% menor do que em 2023. Mesmo assim, outubro apresentou uma alta de 44% na derrubada, passando de 290 km² para 419 km².

    A derrubada foi liderada pelos estados de Mato Grosso (35%), Pará (31%) e Acre (12%), que somam 330 km² destruídos e equivale a 78% de toda a perda registrada. Ainda, as unidades de conservação (UCs) que mais perderam floresta estão concentradas no Pará e no Acre, cada um com três UCs.

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