Amazonas tem mais de 3 mil casos de SRAG: entenda como queimadas contribuem
Números correspondem período de 1º de janeiro a 14 de setembro; especialista explica agravamento de doenças respiratórias em decorrência da poluição das fumaças
Entre 1º de janeiro e 14 de setembro, foram registrados 3.513 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no Amazonas. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
A divulgação do Informe Epidemiológico de Vírus Respiratórios no Amazonas mostra que foram 68 casos nas últimas três semanas (25/08 a 14/09).
Desses 3.513 casos notificados de SRAG, foram 1.509 SRAG por vírus respiratórios. Ainda em 2024, até 14 de setembro, foram registrados 49 óbitos por vírus respiratórios.
Os dados foram divulgados no mesmo dia que o Amazonas contabiliza 19.478 focos de incêndio desde o início de 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Fumaça de queimadas aumentam riscos de doenças respiratórias
As queimadas em várias regiões do Brasil representam uma grave ameaça à saúde. A inalação da fumaça proveniente desses incêndios, expõe a população a uma série de substâncias tóxicas, com consequências para o agravamento de doença respiratórias.
Em entrevista à CNN neste domingo (15), o médico patologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Sadiva, explicou os impactos da crise ambiental na saúde.
De acordo com o médico, a poluição compromete a saúde de crianças e idosos, que são consideradas a população mais vulneráveis quando se trata da qualidade do ar.