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    Alunos de medicina denunciam desvio de milhões por empresa de eventos de MG

    Festa de formatura dos estudantes do Centro Universitário de Valença estava marcada para janeiro de 2025, porém, foi cancelada devido ao sumiço da verba arrecadada para a celebração; Polícia Civil investiga o caso

    Juliana Bernardinoda CNN* , em São Paulo

    Estudantes de medicina do Centro Universitário de Valença (UNIFAA), no Rio de Janeiro, alegam que a empresa Phormar Formaturas e Eventos Ltda, contratada para realizar a festa de formatura da turma, desviou o dinheiro arrecadado para a celebração. Conforme apurado pela CNN, o prejuízo total é de R$ 1.274.584,81.

    Segundo os estudantes da turma de Medicina Eros, a festa de formatura ocorreria em Juiz de Fora (MG), cidade onde fica localizada a empresa de eventos, a aproximadamente 100 km de Valença. A comemoração estava marcada para 18 de janeiro de 2025 e contaria com a presença de 2.400 convidados.

    Contudo, por conta do contratempo, a festa foi cancelada. Diante disso, os formandos arrecadam fundos para uma nova celebração por meio de vaquinhas on-line.

    Os alunos argumentam que a Phormar Eventos realizou inúmeros transferências bancárias sem autorização ou consentimento dos membros do fundo de formatura, retirando integralmente o montante destinado à festa e direcionando-o para outras contas desconhecidas por eles.

    Após tomarem conhecimento do desvio da verba, os alunos entraram em contato com o proprietário da Phormar. Porém, conforme os estudantes, eles não obtiveram resposta. Além disso, os formandos dizem que outras turmas também foram prejudicadas pela empresa de eventos.

    A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou à CNN que investiga a empresa pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica. O caso foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora. Além disso, na última sexta-feira (6), o Ministério Público do estado instaurou uma investigação preliminar para elucidar a “conduta abusiva” praticada pela empresa.

    De acordo com advogado Maurício Alves Costa, que representa a turma de medicina, as contas do estabelecimento foram bloqueadas por meio de uma decisão judicial, também emitida na última sexta-feira.

    “Diante da ausência de garantias de que o valor seria devolvido e após constatar que outras turmas também haviam sido igualmente prejudicadas, entendemos que a única forma de reaver o nosso dinheiro seria por meio de ação judicial”, diz nota enviada pela Medicina Eros à equipe de reportagem.

    Segundo os estudantes, a empresa “acabou com o sonho de inúmeras famílias” e gerou “danos psicológicos e financeiros para todos em um momento tão importante.”

    A CNN procurou a empresa Phormar, bem como o proprietário para esclarecer os fatos descritos nesta matéria, contudo, não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.

    *Sob supervisão 

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