Alunos da rede estadual de São Paulo voltam às aulas nesta quinta-feira (15)
De acordo com a secretaria de educação do estado, são esperados três milhões de alunos nas mais de cinco mil escolas
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A rede estadual de ensino de São Paulo volta às aulas nesta quinta-feira (15), de acordo com a secretaria de educação. São esperados três milhões alunos em mais de cinco mil escolas do estado.
O retorno às salas de aula em 2024 terá mudanças para os alunos dos anos finais do ensino fundamental e das três séries do ensino médio, que passarão a contar com uma nova matriz curricular.
Para os alunos dos anos finais do ensino médio, a novidade é a introdução das aulas de educação financeira e o aumento das aulas de tecnologia e inovação, além da criação da disciplina de orientação de estudos.
Já para os alunos do ensino médio haverá o aumento do tempo dedicado aos estudos da língua portuguesa (60%) e matemática (70%). O ano de 2024 também contará com o retorno das aulas de física, geografia e história.
Também terá novidades para os professores com o uso de inteligência artificial para a correção das produções textuais na plataforma Redação Paulista.
Antes, o processo de correção era manual, agora os professores vão contar com a ajuda da assistente virtual.
Segundo a Seduc-SP, a iniciativa visa aumentar a produção textual dos alunos, garantindo que os estudantes possam escrever mais e melhor.
A secretaria também destacou a contribuição da ferramenta nos índices de avaliações como o Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) e o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica”. Ainda de acordo com a Seduc, o professor segue responsável pela atribuição da nota final e sendo fundamental para a validação dos critérios da correção feita pela assistente virtual.
Em 2023, a plataforma Redação Paulista teve mais de 3,5 milhões de produções textuais. “Agora, o docente receberá as redações com o apoio dessa assistente de correção, que traz sugestão de devolutivas, notas para verificar como o aluno se saiu na argumentação, na criação atrelada ao tema e, a partir disso, cabe ao professor utilizar a sugestão da inteligência que foi implantada para facilitar o seu trabalho. O professor pode ainda inserir seus próprios comentários e, quando necessário, solicitar a reescrita do texto”, explica Marcela Lorenzoni da Rocha, gestora de plataformas da Coordenadoria Pedagógica de Educação (Coped) da secretaria.
Bloqueio de acessos
Desde o início de fevereiro, os acessos a rede social e aplicativos de vídeo estão bloqueados nas redes cabeada e de wi-fi das escolas estaduais de São Paulo.
A proibição atinge plataformas como: TikTok, Kwai, Facebook, Instagram e X (antigo Twitter).
Aplicativos de vídeo como Globoplay, Netflix, Amazon Prime Vídeo, HBO Max e Disney também foram bloqueados. Os aplicativos Roblox e Steam, ligados a games, também são afetados pela medida.
Procurada pela CNN, a secretaria disse que o objetivo da ação é “otimizar o uso de infraestrutura tecnológica para o desenvolvimento pedagógico dos estudantes”.