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    Alesp afasta Fernando Cury por seis meses por assédio depois de apalpar colega

    Pena foi aprovada de forma unânime com 86 votos, nesta quinta-feira

    Victória Cócolo, da CNN, em São Paulo

    O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) foi punido com afastamento de seis meses sem salário e gabinete, por assediar a deputada Isa Penna (PSOL) em dezembro de 2020. A decisão foi tomada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta quinta-feira (1º).

    O plenário aprovou a punição de forma unânime com 86 votos. A votação desta quinta foi uma ampliação da pena determinada pelo Conselho de Ética, de 119 dias de suspensão de mandato, aprovada no dia 5 de março — considerada a mais branda em discussão, na época.

    O prazo de 119 dias havia sido estabelecido para evitar a dissolução do gabinete do parlamentar, o que ocorre a partir de 120 fora do parlamento. Com a decisão, deve tomar posse o suplente, o padre Afonso Lobato (PV). A convocação deve ser publicada no Diário Oficial na próxima semana.

    Em nota, Cury afirmou receber a decisão com “serenidade e de forma respeitosa”.

    Deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) coloca mão no seio de deputada estad
    Deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) coloca mão no seio de deputada estadual Isa Penna (PSOL) durante sessão na Alesp (15.dec.2020)
    Foto: CNN Brasil

     

    Apalpada em meio ao plenário

    Em dezembro de 2020, Isa pena conversava com um membro da mesa diretora da Alesp, em meio à sessão de votação de orçamento do Estado, quando Cury se aproximou por trás e a apalpou na altura do seio. Câmaras de segurança flagraram a cena.

    Na época, o deputado disse que o toque se tratava de um abraço e que se sentia triste e constrangido pela acusação.

    Sobre a decisão desta quinta, Isa Penna disse que, apesar de não ser a pena ideal, é uma vitória a ser comemorada. 

    “É a primeira vez na história do Brasil que um deputado, homem no poder, é sancionado por cometer assédio e a gente sabe como a violência de gênero na política é recorrente”, afirmou a deputada.

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