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    Agentes encontram quatro artefatos explosivos em presídio de Mato Grosso do Sul

    Ação faz parte da Operação Mute, para apreender celulares com presos

    Elijonas Maiada CNN

    Policiais penais encontraram quatro artefatos explosivos na Penitenciária Estadual de Dourados, em Mato Grosso do Sul, durante a Operação Mute, do Ministério da Justiça, nesta quinta-feira (25).

    Os objetos foram encontrados durante as revistas nas celas e são artefatos explosivos artesanais, que após a remoção e isolamento, a Polícia Militar (PM) foi acionada com o grupo de bombas e explosivos do Bope para realizarem o procedimento para neutralização dos objetos.

    Os policiais realizaram a análise visual do artefato e foi constatado que os mesmos mediam aproximadamente 15 centímetros, com um cordel detonante e, externamente, fragmentos de pregos e vidros. Todo o material foi enviado para análise pericial.

    Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do MS (Agepen-MS), a apreensão se deu com base em um levantamento realizado pela GISP (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário), que havia identificado a existência desses materiais proibidos. A Agepen informou, ainda que os artefatos foram arremessados por drones que sobrevoaram o presídio.

    “Como parte das ações da Operação Mute, telamentos serão instalados sobre os pavilhões da Penitenciária Estadual de Dourados, para ajudar a coibir esses arremessos, assim como em outras unidades prisionais do estado”, informou a agência em nota.

    Apreensão de celulares

    Além dos artefatos, a quarta fase da Operação Mute apreendeu 194 celulares escondidos em 1.044 celas revistadas por 1.582 policiais. A ação ocorreu em 51 presídios de todo o Brasil.

    O objetivo da Mute é identificar e retirar celulares localizados em unidades prisionais como forma de cortar a comunicação do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.

    A operação tem atuação de policiais penais federais. Na ação, os agentes utilizam tecnologia para saber em quais celas têm aparelhos e, assim, realizam revistas em pavilhões.

    Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. Neste contexto, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) propõe medidas de implementação de rotinas e procedimentos nos estabelecimentos penais e em conjunto com outras forças para o enfrentamento das comunicações proibidas no sistema prisional nacional.

    Fases anteriores

    A mais recente fase da operação foi entre janeiro e fevereiro. O balanço parcial da Senappen mostrou que 1.013 celas foram revistadas por 1.443 policiais em todo o Brasil. Um total de 316 celulares foram apreendidos em apenas um dia e 631 ao fim da operação.

    Nas duas fases anteriores, 8.199 policiais penais foram envolvidos e 8.569 celas passaram por revista.

    A primeira fase ocorreu de 16 a 27 de outubro, resultando na apreensão de 1.166 aparelhos celulares, um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. A revista geral ocorreu em 68 penitenciárias, de 26 estados.

    A segunda fase foi em 11 de dezembro e culminou na apreensão de 1.294 celulares em presídios. Em quatro fases, o total de aparelhos retirados dos presídios brasileiros é de 3.285 celulares.

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