Agentes da PF acreditam em novas delações no caso Marielle
A avaliação de investigadores é de que a delação premiada de Élcio tem potencial de gerar um efeito cascata sobre outros nomes na mira da investigação da Polícia Federal



Com o acordo firmado pelo ex-policial militar Élcio Queiroz, agentes da Polícia Federal (PF) que participam da apuração do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco acreditam que novas delações premiadas devem ser fechadas.
Segundo relatos feitos à CNN, nas últimas semanas, a Polícia Federal recebeu sinalizações sobre a disposição de suspeitos de envolvimento no assassinato prestarem depoimento.
A avaliação de investigadores é de que a delação premiada de Élcio tem potencial de gerar um efeito cascata sobre outros nomes na mira da investigação da Polícia Federal.
Isso porque, na avaliação de agentes da Polícia Federal, outros investigados podem aderir a acordos de delação premiada até para se blindarem de eventuais acusações.
Elcio afirmou, em delação premiada, que o policial reformado Ronnie Lessa foi o autor dos disparos que assassinaram Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Em 14 de março de 2018, o carro de Marielle e Anderson foi alvejado com 13 tiros de uma submetralhadora HK MP5. A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça e o motorista, por três. Os dois morreram no local.
Queiroz também acusou o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, como o responsável por fazer “campana” e seguir os passos de Marielle, além de levar o carro usado no crime para um desmanche.
Dino concedeu entrevista coletiva ao lado de Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, e de Renato Vaz, diretor do Sistema Penitenciário Federal, órgão do Ministério da Justiça que entrou para colaborar no caso pela primeira vez desde a abertura do inquérito.
A colaboração premiada de Queiroz foi feita dentro do presídio federal de Brasília (DF), onde ele está preso sob a custódia do governo federal.
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Socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro. Ela foi assassinada em 14 de março de 2018 em um atentado ao carro onde ela estava; 13 tiros atingiram o veículo • Reprodução/Instagram
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Anderson Gomes, motorista do carro que levava Marielle, também morreu no atentado • Reprodução/Facebook
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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são os acusados do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes • Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
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A Justiça brasileira segue na busca pelos mandantes do assassinato da vereadora • Reprodução/Instagram
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Uma estátua de Marielle Franco foi inaugurada na Praça Mário Lago, no centro da capital fluminense • Divulgação/Instituição Marielle Franco
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Marielle era presidente da Comissão da Mulher na Câmara; segundo o Instituto Marielle Franco, ela iniciou sua militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré • Reprodução/Instagram
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A irmã de Marielle, Anielle Franco, é ministra da Igualdade Racional do Brasil do governo Lula • Reprodução/Instagram
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Marielle Franco era casada com a também vereadora Monica Benicio • Reprodução/Instagram