Adiamento do Carnaval foi ‘acordo de bom senso’, diz coordenador de Saúde
Luiz Arthur Caldeira, coordenador de Vigilância em Saúde de São Paulo, falou à CNN que as Ligas e gestões das escolas de samba concordaram que o momento é de cuidado e precaução
Os desfiles das escolas de Samba no Carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo foram adiados por conta do avanço da Ômicron, e só vão acontecer no feriado de Tiradentes, 21 de abril.
Em entrevita à CNN, Luiz Arthur Caldeira, coordenador de Vigilância em Saúde de São Paulo, disse que não há a possibilidade aumentar restrições ou suspender atividades, na capital. “O que houve [em relação ao Carnaval] foi um acordo de bom senso.”
“O evento de Carnaval é uma festa, tanto a liga, quando a gestão, pensam o momento é de cuidado e precaução, mais importante do que a festa”, comenta.
Arthur Caldeira explicou que a análise do cenário epidemiológico na cidade é feita diarimente. A decisão de adiar o Carnaval aconteceu em conjunto porque os especialistas em saúde observaram aumento dos casos de Covid-19 de forma acelerada.
“Nós observamos que na última semana de dezembro, o número de casos foi dobrando. Cinco mil na primeira semana de dezembro, na segunda, 10 mil casos, e na primeira semana de janeiro, 40 mil casos”, comenta.
Contudo, ele entende que não há necessidad de endurecer restrições. “Aquelas medidas restritivas que foram tomadas no início da pandemia, foram muito em conta de não haver perspectiva de vacinação. Hoje o cenário é mais segundo”, explica.
O coordenador de vigilância diz capital não descontinuou as medidas de proteção — o que ajudou no controle do momento atual. “A capital paulista nunca recomendou a retirada da máscara, assim como empre exigiu passaporte da vacina”, aponta.
Quando questionado sobre o Carnaval de rua, Arthur Caldeira disse que o evento segue cancelado.
“O principal motivo é a dificuldade de ter controle sanitário. O número de pessoas é incomparável com o sambódromo, ele chega a 18 milhões de pessoas nas ruas”. afirma.