Acre distribui primeiras remessas de medicamentos do Ministério da Saúde a municípios atingidos pela cheia dos rios
Águas começaram a recuar em alguns municípios e governo se prepara para limpeza de moradias e ruas
O governo do Acre iniciou, nesta sexta-feira (1º), a distribuição dos insumos e medicamentos do Ministério da Saúde (MS) aos municípios atingidos pelas cheias dos rios do estado. Mais de 15 cidades estão em situação de calamidade pelas inundações.
A primeira remessa disponibilizada pelo Governo Federal vai ser encaminhada para os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Jordão, Plácido de Castro e Santa Rosa do Purus.
O governador Gladson Cameli e o titular da Secretaria de Saúde (Sesacre), Pedro Pascoal, estiveram no galpão do órgão, em Rio Branco, para despachar os primeiros kits. Cameli informou que após essa distribuição, será feita a remoção de entulhos e a recuperação as casas que foram danificadas.
Segundo a administração estadual, as águas começaram a recuar consideravelmente em alguns municípios e o governo já se prepara para a fase de limpeza e higienização das moradias e ruas afetadas.
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, ressaltou a importância dos medicamentos e insumos no momento de descida das águas. Quando as pessoas retornam para suas casas, é o período que ficam suscetíveis a doenças.
“As doenças vêm quando o nível das águas baixa. Nessa ocasião, como estado, precisamos prover o mínimo das condições de atendimento à população. Jordão foi um dos municípios mais atingidos, onde tivemos que montar um hospital de campanha”, explicou.
A chefe do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos (Dafi) da Sesacre, Suelen Dantas, afirmou que a escolha dos contemplados foi feita pelo MS, atendendo às diretrizes estabelecidas.
“Recebemos cinco kits calamidade, cada um com 32 medicamentos diferentes e 16 insumos [4500 itens em cada kit], como seringas, gazes, máscaras e luvas. Um kit tem a capacidade de atender até 1.500 pessoas, e já existe a previsão de mais remessas na próxima semana”, afirmou.
O governador ressaltou também a necessidade de um planejamento de médio e longo prazo para remover as famílias da cidade de Brasileia para bairros que não alagam. O município tem a maior parte de sua área na parte baixa. “A solução, não temos outra alternativa, é planejar a cidade para a parte alta, senão nos próximos anos essa situação vai continuar acontecendo”, concluiu.