Acessibilidade não é solidariedade, é direito, diz consultor em audiodescrição
À CNN Rádio, Edgar Jacques explicou o que é a audiodescrição e como ela é importante para os deficientes visuais
“A acessibilidade não é solidariedade, é um direito”, afirma o ator e consultor em audiodescrição Edgar Jacques, em entrevista à CNN Rádio, no CNN no Plural.
A audiodescrição, ele explica, é um “processo tradutório”, chamado de tradução intersemiótica.
Ela traduz elementos do universo visual para o sonoro.
“A autodescrição é uma das possibilidades de acesso para pessoas com deficiência visual a eventos imagéticos, seja na TV, cinema, exposição de arte”, disse.
O especialista, que também é cego, destaca que esta é uma forma importante de trazer esse público para perto desses eventos e que é um direito exigir este acesso.
Edgar destaca que é necessária uma conscientização das pessoas que não têm contato com aquelas que têm deficiência.
“Apesar de todo o progresso que tivemos, ainda somos invisibilizados e considerados de ‘segunda categoria’”, completou.
Ele lembra que “todo mundo precisa saber que esses corpos existem e têm direito de ocupar quaisquer espaços que queiram.”
De acordo com o consultor, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que existe desde 2015, que regula o acesso de audiodescrição, é “das mais avançadas do mundo.”
“Mas falta a consciência para que ela seja aplicada com efetividade na TV, cinema ou qualquer outro veículo”, afirmou.