Abrigos do RS têm programação especial para o Dia das Mães

Neste domingo (12), muitas famílias do Rio Grande do Sul passam o Dia das Mães em abrigos, depois de terem tido suas casas tomadas pelas chuvas. Algumas organizações preparam ações especiais a fim de tentar confortar essas mães diante da situação que enfrentam. Entre as ações, há pintura de vasos, almoço solidário e salão de beleza.

É o caso do abrigo AFISVEC, situado na zona sul de Porto Alegre. Lá, as crianças, desde o início recebem muito cuidado por parte de professores voluntários, uma equipe de médicos e recreadores, segundo contou à CNN, Shaiane Ribeiro dos Santos.

Shaiane e seus três filhos pequenos chegaram no abrigo no domingo (5) e já completam uma semana no local. Seu marido foi depois, preferiu ficar em casa tentando controlar a situação, mas a água tomou o imóvel e ele precisou ser resgatado. Ao longo da semana, o casal tem tentado aliviar os pensamentos e estar junto de seus três filhos.

Para este domingo, tinham o plano de visitar a sogra, como costumavam fazer todo ano.

“Todo Dia das Mães nós íamos para a casa da minha sogra. Fazíamos churrasco, ficávamos conversando e passávamos o dia inteiro lá. Infelizmente a casa dela alagou também”, contou a mãe.

Na tentativa de tentar comemorar a data, a organização do abrigo em que Shaiane está com seus três filhos preparou atividades ao longo do dia.

No local, das 100 pessoas que estão abrigadas, 40% são mulheres. A programação conta com um almoço especial preparado por voluntários. O menu é galeto com massa.

Para a organização, essa refeição é “um gesto simbólico de afeto e cuidado com aqueles que estão enfrentando extrema dificuldade”.

Além disso, os filhos durante a tarde do último sábado (11), pintaram vasos de flores para entregar para as mães.

Durante a tarde, as mães poderão fazer suas unhas e cabelos graças à uma parceria do abrigo com um cabelereiro de Porto Alegre.

Ação traz conforto às famílias

Shaiane diz que o cuidado que vem recebendo é “fundamental”.

“As crianças não têm noção de que é algo ruim… Minha filha de sete anos não entende o que está acontecendo, mas a gente que entende das coisas fica abalado. Esse cuidado com meus filhos é muito importante”, completa ela.

Para esse Dia das Mães, ela diz esperar que seja “leve”, sem pensar no que já aconteceu. “Quero aproveitar o dia com a minha família, pois o que importa é estar com eles. Os bens materiais depois a gente busca, o importante é que estamos unidos”, conclui.

*Sob supervisão de Bruno Laforé