A um dia de desfiles, Sambódromo da Sapucaí ainda não tem alvará
Prefeitura afirma que prepara documentação. Nesta terça-feira, vereadores farão nova vistoria no local
A Prefeitura do Rio de Janeiro ainda não obteve o alvará do Corpo de Bombeiros para o uso do Sambódromo, faltando apenas um dia para o início dos desfiles das escolas de samba da Série Ouro, a divisão de acesso, e três dias para a passagem das agremiações do Grupo Especial.
A Riotur, empresa de turismo do município, informou que tudo será resolvido a tempo. “Estamos cumprindo as exigências da Intendente e Terreirão. A Liga das Escolas de Samba está juntando a documentação do Sambódromo. Nós estamos enviando os documentos complementares como contrato da brigada de incêndio, nota fiscal dos extintores, luzes de emergência, etc.”, disse Rafael Bandeira, diretor de Operações da Riotur.
Entre os documentos exigidos pela Corpo de Bombeiros estão planos de rotas de fuga, caso algo aconteça incêndios entre outros acidentes; testes de materiais inflamáveis; informações sobre o funcionamento dos hidrantes ao longo da Marquês de Sapucaí; e o plano do espetáculo (desfiles das escolas de samba). A CNN procurou o Corpo de Bombeiros e aguarda um posicionamento sobre a situação.
A promessa feita pela Riotur era que a documentação da Marquês de Sapucaí seria regularizada até esta terça-feira (19), quando o local é alvo de uma nova fiscalização da Comissão de Esportes, Lazer e Eventos da Câmara Municipal. Os vereadores querem saber se o Sambódromo está pronto e apto.
De acordo com o presidente da comissão, Felipe Michel, o objetivo da inspeção desta terça-feira é garantir a segurança do público. “Vamos conferir se os ajustes que ainda não estavam prontos semana passada foram feitos. Nossa maior preocupação é com os acessos às arquibancadas, aos banheiros, acessibilidade. Tudo para garantir um evento de excelência”, afirma.
Na última quinta-feira (14), os vereadores também estiveram na Marquês de Sapucaí e manifestaram preocupação com a falta da autorização do Corpo de Bombeiros. Eles percorreram toda a extensão da avenida, vistoriaram alguns camarotes, questionaram as saídas de emergência e a estrutura dos setores populares. Ainda notaram a falta de acessibilidade e de manutenção do Sambódromo como um todo.
Enquanto isso, o Sambódromo começa a se transformar para receber as escolas de samba. Nessa segunda-feira, a avenida recebeu pintura e profissionais preparavam os camarotes. Já às 23h, começaram as mudanças no trânsito para o deslocamento dos carros alegóricos, com a interdição de parte da avenida Brasil.
O esquema especial de trânsito continua ao longo da semana, com cerca de 260 operadores para manter a fluidez dos veículos, além de 3 mil guardas municipais.