‘A literatura é uma vacina contra o medo’, diz Fabrício Carpinejar
O Mundo Pós-Pandemia desta sexta-feira (28) entrevistou o poeta Fabrício Carpinejar. Ele falou sobre como lidou com a solidão no isolamento social e também sobre o livro que escreveu nesse período, “Colo, por favor!”
Carpinejar afirma que esse é seu livro mais “selvagem”, por ter sido escrito e publicado em um período curto, sem “tempo de gaveta”.
“A literatura é uma vacina contra o medo. Quando organizamos a dor, ela diminui. É preciso encontrar um ponto de apoio no sofrimento dos outros, e o desafio agora é ser otimista”, explica, lembrando o processo criativo durante a quarentena.
O poeta também comentou a mudança do sentimento das pessoas em relação às suas próprias casas, relações amorosas e familiares: “Toda nossa alegria era funcional e externa, precisávamos sair para sermos felizes. Nós não sabíamos mais fabricar a alegria caseira”.
Muito presente nas redes sociais, Carpinejar falou sobre como lidar com as críticas e sobre a defesa de causas como a luta contra o machismo e a xenofobia online. “Eu não vou recuar. Não suporto injustiça”, afirmou sobre as denúncias de problemas sociais que faz em seus perfis.
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Ele declarou que espera dias melhores depois da pandemia: “Escrever me dá esperança. Eu sempre penso que posso fazer meu melhor texto na manhã seguinte”.
Fabrício Carpinejar foi entrevistado pelas jornalistas da CNN Luciana Barreto e Thaís Herédia e a comentarista Lia Bock. O comando da atração é da âncora Daniela Lima.
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(Edição: Sinara Peixoto).