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    “PCC já tem contornos de máfia”, diz promotor sobre facção comandar empresas de ônibus

    Prefeitura nomeou interventores às companhias que tiveram seus dirigentes afastados

    Bruno Laforéda CNN

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    Em entrevista coletiva concedida no início da tarde desta terça-feira (9) para detalhar a Operação Fim da Linha, que mira empresas de ônibus municipais de São Paulo ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o promotor de Justiça Lincoln Gakiya afirmou que “a facção já tem tomado contorno de máfia”.

    De acordo com ele, uma das características mafiosas já observadas na Itália é a infiltração nos poderes do Estado. “Já estão participando de disputa de licitação no poder público municipal”, alertou Gakiya.

    Em sua fala, o promotor enfatizou que não foi constatada nenhuma omissão por parte do poder público.

    A Justiça autorizou o afastamento da direção das empresas alvo da operação e o sequestro de quase R$ 600 milhões em bens de investigados. “Nenhum ônibus foi sequestrado”, esclareceu o promotor.

    “Não haverá nenhum tipo de paralisação de serviço de transporte público na cidade de São Paulo”, pontuou ele sobre possíveis consequências da operação à população.

    Na mesma ocasião, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que já nomeou interventores do município na gestão das empresas citadas na operação.

    O diretor de planejamento da SPTrans, Valdemar Gomes de Melo, atuará na Transwolff e o diretor de operações da SPTrans, Wagner Chagas Alves, foi indicado para a Upbus.

    A operação

    A Operação Fim da Linha, deflagrada hoje (9) pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), contra duas empresas de ônibus que operam linhas do transporte municipal de São Paulo, cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão na capital paulista e em outras cidades da região metropolitana e do interior.

    Entre os presos estão o dono da Transwolff (TW) Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, e Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da empresa.

    Segundo a investigação do MPSP, as empresas Upbus e TW, que transportam diariamente mais de 700 mil passageiros na capital paulista, são ligadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e utilizadas para lavar dinheiro obtido com diversos crimes, como tráfico de drogas e roubos.

    Na ação desta terça-feira, foram apreendidas mais de 800 munições, 161 mil reais em espécie, 3.290 dólares, duas barras de ouro, joias, relógios e documentos diversos.

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