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    A cada 24 horas, Mata Atlântica perde o equivalente a 36 campos de futebol

    ES e SP foram os estados que mais apresentaram aumento no desflorestamento em relação ao balanço anterior do Atlas de Remanescentes Florestais

    Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

    O Atlas de Remanescentes Florestais publicado nesta quarta-feira (26) apontou que entre os anos de 2019 e 2020 foram desmatados 13.053 hectares de Mata Atlântica no Brasil. Isso equivale aproximadamente à perda de 36 campos de futebol a cada 24 horas. Em relação ao período anterior (2018-2019), houve redução de 9% no desmatamento.

    O Atlas verificou o total de desflorestamento em 17 estados do país. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

    O estado que mais aumentou sua taxa de desmatamento foi o Espírito Santo, que teve um acréscimo de 462% no total de Mata Atlântica perdida, na comparação com o levantamento anterior, com base nos anos de 2018 e 2019. Logo em seguida vem São Paulo, que apresentou aumento de 402% na taxa de desmatamento florestal, acompanhado do Mato Grosso do Sul, com 127%, e Rio de Janeiro, com 106%.

    Já o Piauí foi o estado que menos desmatou no último ano, com redução de 76% na perda de Mata Atlântica em relação ao balanço anterior. Em seguida vem Pernambuco, com 52% de redução do desflorestamento.

    Segundo o relatório, o Brasil tem 130.973.638 hectares de Mata Atlântica. 87% dessa área total foi avaliada de forma ampla no período mencionado. 9,3% foi avaliada de forma incompleta por conta de imagens parcialmente cobertas por nuvens e 3,7% da área não pôde ser avaliada por indisponibilidade de imagens.

    Nos últimos 10 anos, a maior taxa anual de desmatamento de Mata Atlântica no país foi observada entre os anos de 2015 e 2016, quando 29.075 hectares foram perdidos. O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica é apresentado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), uma unidade do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI.

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