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    Exposição em SP traz a poética do chão rachado como força do sertanejo

    Batizada de "Sertões", mostra individual de Geovana Clea acontecerá na G.Gallery, em São Paulo

    Caroline Ferreirada CNN

    Nascida em Inhapí, sertão de Alagoas, a artista Geovana Clea retorna ao Brasil com a exposição “Sertões” a partir da sexta-feira (4), em São Paulo.

    Diretamente da G.Gallery, na capital paulista, a mostra individual sob direção de Gabi Paína e curadoria da também alagoana Mariana Moura, acompanhará a poética do chão rachado como um símbolo da força do sertanejo e de sua cultura.

    Memórias inspiradas na vivência, seja com a natureza, pessoas e lugares, a partir de uma sensibilidade singular também ganharão destaque na proposta. Geovana ainda promete refletir suas raízes e o solo árido, buscando, nas profundezas de sua terra, o enriquecimento que a moldou.

     

    Depois das exposições “Sertões Ilha do Ferro” e “Sertões Salão do Móvel de Milão”, a nova mostra tem a promessa de carregar um propósito maior: apresentar o extraordinário ao desconhecido, ressaltando a importância e a necessidade de manter vivas as narrativas dos povos originários e a cultura sertaneja, além de defender a preservação e proteção ambiental.

    Atualmente residindo na Itália, Clea revisita os próprios objetivos que germinaram muito antes de partir de Inhapí. Nas margens do rio Trebbia, próximo de onde mora, o barro rachou, trazendo memórias dos tempos passados.

    Geovana Clea traz exposição "Sertões" para São Paulo
    Geovana Clea traz exposição “Sertões” para São Paulo • Divulgação

    Em recente visita como madrinha da IX edição dos Jogos Olímpicos Indígenas Koiupanká, a artista apresentou em primeira mão a mostra “Sertões”, a convite do povo indígena de sua cidade natal.

    As três obras exibidas foram criadas com barros preto, branco e vermelho, recolhidos especialmente por eles para que Geovana pudesse criar seus feitos inéditas que expressam, com pureza, sua identidade.

    Nesse contexto, o toá branco, barro extraído de grutas sagradas e de difícil acesso, representa um símbolo de resistência, de ligação com a terra, a origem de tudo.

    Já as pedras de toá vermelho simbolizam o sangue de seus antepassados, relembrando as lutas e perdas enfrentadas ao longo da história. Por fim, o preto, extraído do carvão vegetal da planta facheiro, que pinta os corpos, remete à resistência do indígena sertanejo.

    SERVIÇO 

    • Exposição: “Sertões”
    • Entrada franca
    • Data: 04/10 a 20/12 (de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h)
    • Local: G.Gallery, São Paulo (Rua Pedro Avancini, 363 – Apt. 71 W. Jardim Panorama)

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