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    Zelensky quer conversa com Putin e faz apelo a europeus: “Exijam o fim da guerra”

    Em uma nova mensagem de vídeo nesta sexta, Volodymyr Zelensky pediu novamente conversas diretas com o líder russo "mais uma vez"

    Tim Lister da CNN e Yong Xiongda CNN

    Kiev e Seul

    Em uma nova mensagem de vídeo nesta sexta-feira (25), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu novamente conversas diretas com o líder russo Vladimir Putin. “Gostaria de me dirigir ao presidente da Federação Russa mais uma vez. Há combates em toda a Ucrânia agora. Vamos nos sentar à mesa de negociações para impedir a morte das pessoas”, disse Zelensky em russo.

    O presidente ucraniano voltou ao tema das sanções internacionais contra a Rússia, que ele quer que sejam muito mais duras.

    “A Europa tem força suficiente para parar esta agressão. O que esperar dos países europeus – a abolição de vistos para russos, desconexão do SWIFT [rede de alta segurança que conecta milhares de instituições financeiras em todo o mundo], isolamento completo da Rússia, retirada de embaixadores, embargo de petróleo, fechamento do espaço aéreo – tudo isso deve estar na mesa hoje”, declarou o presidente ucraniano.

    Zelensky ainda usou o vídeo para fazer um apelo direto ao povo da Europa. “Saia, saia nas praças. Exija o fim desta guerra. É seu direito. Quando bombas caem em Kiev, isso está acontecendo na Europa e não apenas na Ucrânia. Quando mísseis matam nosso povo, está matando todos, todos os europeus. Chame seus governos para que a Ucrânia receba mais, mais assistência financeira e militar, porque essa ajuda é a ajuda para você, para a Europa”, conclamou o líder da Ucrânia.

    “Esta não é apenas a invasão da Ucrânia pela Rússia. Este é o começo da guerra na Europa”, disse o presidente.

    Também nesta sexta, Zelensky criticou os aliados da Ucrânia pela segunda vez em apenas algumas horas. “Nesta manhã, estamos defendendo nosso país sozinhos. Assim como ontem, o país mais poderoso do mundo olha de longe”, disse Zelensky, parecendo se referir aos Estados Unidos.

    “A Rússia foi atingida ontem por sanções, mas não são suficientes para tirar as tropas estrangeiras de nosso solo. Só com solidariedade e determinação isso pode ser alcançado”, declarou.

    Zelensky acrescentou que o povo ucraniano continua a resistir, “demonstrando verdadeiro heroísmo. O inimigo foi detido na maioria das direções. Há lutas acontecendo… Não nos cansaremos”.

    “Às 4 da manhã, as forças russas resumiram seus ataques com mísseis no território da Ucrânia. Dizem que estão mirando apenas instalações militares, mas é mentira. Na verdade, não distinguem quais áreas atacam”, disse o presidente. “Tais ataques à nossa capital não ocorrem desde 1941”.

    O presidente disse que “mais cedo ou mais tarde, a Rússia terá que falar conosco sobre o fim desta operação militar, sobre o fim desta invasão, e quanto mais cedo essa conversa começar, menores serão as perdas da Rússia”.

    O líder ucraniano também saudou os protestos na Rússia contra a invasão. “Para todos os cidadãos da Federação Russa que estão saindo para protestar, quero dizer que notamos vocês. Significa que vocês nos ouviram”, disse ele.

    Rússia disposta a negociar, diz mídia estatal chinesa

    Em um telefonema nesta sexta-feira com o presidente chinês Xi Jinping, Putin disse que a Rússia está “disposta a conduzir negociações de alto nível” com a Ucrânia, segundo a emissora estatal chinesa CCTV.

    Putin disse que os Estados Unidos e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) “há muito tempo ignoram as preocupações de segurança razoáveis ​​da Rússia e repetidamente renegaram seus compromissos”. “Seu avanço contínuo de desdobramento militar para o leste desafiou os resultados estratégicos da Rússia”, disse Putin, segundo informações da CCTV.

    Xi disse que a China “decide sua posição com base nos méritos da própria questão da Ucrânia” e que a China apoia a Rússia e a Ucrânia na resolução de sua questão por meio de negociações, acrescentou o relatório.

    O presidente chinês disse que seu país está “disposto a trabalhar com todas as partes da comunidade internacional para defender um conceito de segurança comum, abrangente, cooperativo e sustentável”.