Zelensky precisa convencer Trump a manter ajuda, diz professora ao WW
Denilde Holzhacker afirma que presidente ucraniano precisa convencer Trump a manter ajuda americana frente à Rússia, em meio à transição de governo nos EUA
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, enfrenta um desafio crucial em sua recente conversa com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo a cientista política e professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde Holzhacker Zelensky precisa convencer Trump a manter o apoio e o suporte americano frente à Rússia.
Durante sua participação no programa WW desta sexta-feira (8), Holzhacker analisou o significado desse diálogo entre os dois líderes.
“Pode haver uma reversão de expectativas, mas também pode ser parte da estratégia de Trump para convencer Zelensky a fazer concessões”, afirmou a especialista.
Estratégia de negociação
A professora lembrou que, durante toda a campanha eleitoral, Trump afirmava que acabaria com a guerra na Ucrânia em 24 horas, sugerindo que o país teria que fazer concessões para alcançar um processo de paz.
Nesse contexto, a conversa com Zelensky pode ser uma tentativa de iniciar negociações para chegar a um acordo.
Para Zelensky, o diálogo com Trump é de suma importância. O presidente ucraniano já havia feito uma visita aos Estados Unidos durante a campanha, enfrentando críticas dos republicanos que questionavam o envio de recursos.
“Ele sabe que essa pressão vai ser ainda maior, mesmo que Trump tenha uma posição diferente. Vai haver uma oposição dentro do Congresso”, explicou Holzhacker.
Cenário de transição
A conversa entre Trump e Zelensky também sinaliza a centralidade da questão ucraniana na agenda do futuro governo americano.
“É uma sinalização importante para entender como serão os passos de Trump nesse processo de transição”, pontuou a especialista.
O desafio para Zelensky agora é estabelecer um diálogo mais amplo com Trump, buscando convencê-lo da necessidade de manter a ajuda e todo o suporte americano frente à disputa com a Rússia.
O resultado dessa interação pode ser determinante para o futuro do conflito e das relações entre Estados Unidos e Ucrânia.