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    Zelensky pede apoio conjunto da UE e dos EUA “para segurança da Ucrânia”

    Presidente ucraniano voltou a apoiar iniciativa da França de envio de tropas para o país

    Lili BayerAndrew Grayda Reuters

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu aos países europeus nesta quinta-feira (19) que forneçam garantias para proteger o país após o fim da guerra com a Rússia. Ele ressaltou, ainda, a necessidade de apoio dos Estados Unidos.

    Na cúpula de líderes da União Europeia em Bruxelas, Zelensky elogiou a proposta do presidente da França, Emmanuel Macron, de enviar tropas para a Ucrânia após um eventual cessar-fogo com a Rússia.

    Ele disse aos líderes que é “crucial a Europa fazer uma contribuição significativa para as garantias de segurança”.

    “Apoiamos a iniciativa da França de enviar um contingente militar para a Ucrânia como parte dessas garantias e pedimos para outros parceiros se juntarem a esse esforço, que ajudará a colocar um fim à guerra”, declarou ele na reunião, que aconteceu a portas fechadas, de acordo com um texto publicado em seu site.

    Zelensky afirmou que a Ucrânia precisaria, em última instância, de mais proteção por meio da adesão à Otan, a aliança militar ocidental. A Otan destacou que a Ucrânia fará parte da aliança um dia, mas ainda não definiu uma data ou emitiu um convite oficial.

    O chefe de Estado argumentou que, enquanto isso não acontecer, a Ucrânia poderia ter garantias separadas das nações europeias e dos Estados Unidos.

    “Queremos garantias de segurança enquanto não estivermos na Otan. E podemos discutir essas garantias separadamente com os EUA e a Europa”, continuou.

    O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tem pedido repetidamente um fim rápido para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já dura quase três anos.

    As forças russas ocupam quase um quinto do território ucraniano e estão fazendo avanços constantes no leste do país.

    Mensagem para Trump

    Os líderes da UE pretendiam usar a cúpula desta quinta-feira (19) para enviar “um sinal claro” a Trump sobre o apoio à Ucrânia e enfatizar que qualquer acordo de paz deve envolver a Ucrânia e respeitar sua integridade territorial.

    “O Conselho Europeu enfatiza o princípio de que nenhuma iniciativa em relação à Ucrânia deve ser tomada sem a Ucrânia”, destacou uma declaração oficial emitida pela cúpula.

    Zelensky pontuou que qualquer fim do conflito deve ser duradouro.

    Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

    A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

    Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

    Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

    As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

    O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

    A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

    O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. 

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