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    Zelensky e Putin parabenizam Erdogan pela vitória nas eleições turcas

    No poder há 20 anos, presidente da Turquia adota postura de equilíbrio entre Kiev e Moscou

    Gul TuysuzYusuf GezerTamara Qiblawida CNN

    O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan – que emergiu como um importante intermediário desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia no ano passado – venceu no domingo (28) uma eleição presidencial em segundo turno, estendendo seu governo para uma terceira década.

    Tanto o presidente russo Vladimir Putin quanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky parabenizaram Erdogan por sua vitória.

    “Contamos com o fortalecimento da parceria estratégica em benefício de nossos países, bem como o fortalecimento da cooperação para a segurança e estabilidade da Europa”, disse Zelensky no Twitter.

    Erdogan adotou um ato de equilíbrio crucial entre Kiev e Moscou, amplamente conhecido como “neutralidade pró-ucraniana”.

    Ele ajudou a intermediar um acordo importante conhecido como Iniciativa do Corredor de Grãos do Mar Negro, que desbloqueou milhões de toneladas de trigo apanhadas na invasão da Ucrânia pela Rússia, evitando uma crise global de fome.

    O acordo foi prorrogado por mais dois meses na última quarta-feira, um dia antes de seu vencimento.

    Em comentários publicados no site do Kremlin, Putin disse que a eleição forneceu “evidência clara do apoio do povo turco” aos esforços de Erdogan “para fortalecer a soberania do estado e buscar uma política externa independente”.

    Putin e a Otan

    Embora a Turquia seja membro da aliança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que a Rússia vê como uma ameaça existencial, Erdogan e Putin têm o que o presidente turco chamou de relacionamento “especial”.

    Erdogan disse em entrevista a Becky Anderson, da CNN, na semana passada, que as duas nações “precisam uma da outra em todos os campos possíveis”.

    Na entrevista, Erdogan também disse que continuaria a bloquear o acesso da Suécia à Otan, apesar das críticas ocidentais de que ele estava obstruindo uma frente unificada contra a invasão da Ucrânia pela Rússia.

    Erdogan acusou a Suécia de abrigar grupos terroristas curdos e pré-condicionou a adesão de Estocolmo à extradição de indivíduos procurados.

    A Suécia recusou os repetidos pedidos da Turquia para extraditar indivíduos que Ancara descreve como terroristas, argumentando que a questão só pode ser decidida pelos tribunais suecos.

    O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, parabenizou Erdogan por sua vitória no domingo. “Nossa segurança comum é uma prioridade futura”, tuitou.

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