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    Zelensky diz que Trump o entregou número pessoal e exige plano com EUA

    Presidente da Ucrânia afirmou que só se encontrará com Vladimir Putin se concordar com plano dos Estados Unidos e da Europa

    Da Reuters

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta sexta-feira (14) que a única autoridade russa com quem ele está preparado para falar é o presidente Vladimir Putin, e que ele só faria isso quando seu governo concordar com um plano com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os líderes europeus.

    Durante a Conferência de Segurança de Munique, Zelensky contou que Trump lhe deu seu número de telefone pessoal e disse que ele poderia ligar quando quisesse.

    “Eu me encontrarei com apenas um cara russo: Putin, e isso somente depois que tivermos um plano comum com Trump e Europa. Então nos sentaremos com ele e pararemos a guerra. Somente neste caso estou pronto para me encontrar“, advertiu.

    O presidente dos EUA teve a primeira conversa com o chefe de Estado da Ucrânia na quarta-feira (12), por telefone. Falando sobre a relação com o americano, Zelensky contou que recebeu o número de telefone pessoal dele.

    “Foi engraçado… Ele disse ‘você pode me ligar quando quiser’, eu disse a ele que sim, muito obrigado”, explicou o ucraniano, que também afirmou a Trump: “Mas da outra vez você me disse que poderia me ligar diretamente a qualquer hora e não me deu seu número de telefone”.

    “Ele [Trump] disse – OK, certo, você pode ligar a qualquer hora”, adicionou Zelensky.

    Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

    A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

    Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

    Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

    As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

    O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

    A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

    O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

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