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    William Waack: Os recados de Lula em discurso na ONU

    Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, o presidente brasileiro cobrou países ricos e criticou o neoliberalismo

    William Waackda CNN

    São Paulo

    Foi para uma Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) esvaziada, sem poder e sem dinheiro que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi, nesta terça-feira (19), em Nova York, fazer o tradicional discurso de abertura.

    Lula pediu uma nova governança global, presumivelmente centrada na ONU, enquanto só um dos integrantes permanentes do Conselho de Segurança se deu ao trabalho de ir lá discursar – assim mesmo, pois era do lado de casa: o presidente americano, Joe Biden.

    China, Rússia, Reino Unido e França – com os EUA, eles formam os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança –, pelo jeito, não acham que lá é o lugar para tratar seriamente de questões geopolíticas.

    Com a Guerra da Ucrânia e a perigosíssima rivalidade entre Estados Unidos e China, o mundo já entrou há tempos numa guerra fria muito mais complicada do que a antiga, situação que tornou ainda mais velha e nostálgica a ideia de um grupo de países não alinhados. O que se registra agora é uma rápida corrida em relação à formação de múltiplas alianças.

    Lula falou em multilateralismo, que é uma coisa para os Estados Unidos e outra para a China, cujo conceito, sem as regras de organizações como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil parece ter adotado.

    Segundo Lula, há um só grande culpado pela mudança climática, pela desigualdade e pelas dificuldades dos pobres: é o neoliberalismo. Não se sabe muito bem o que é esse tal de neoliberalismo, mas soa como os males do capitalismo.

    O presidente brasileiro disse que a guerra na Ucrânia escancara a incapacidade coletiva de assegurar os princípios da ONU – violados brutalmente pela Rússia.

    Guerras sempre estiveram na base da definição de sistemas internacionais. É o que está acontecendo agora na Ucrânia.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.