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    William Waack: Ex-Secretário dos EUA, Kissinger completa 100 anos

    Diplomata comandou política externa na Guerra Fria

    William Waackda CNN

    O ex-Secretário de Estado e ex-Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Henry Kissinger, chegou aos cem anos no último dia 27, ainda como uma das vozes mais influentes quando se trata de política internacional.

    Nascido em 1923 como Heinz Alfred Kissinger, na Alemanha, migrou com a família para os Estados Unidos em 1938 devido às perseguições antissemitas do regime nazista.

    Após servir ao exército dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, foi para Harvard, onde se dedicou ao estudo do poder nas relações internacionais.

    Entre 1969 e 1977, serviu como Secretário de Estado e Conselheiro de Segurança Nacional nos governos de Richard Nixon e Gerald Ford. No cargo, autorizou bombardeios americanos ao Camboja, no contexto da Guerra do Vietnã, que deixaram ao menos 150 mil civis mortos.

    Durante a Guerra Fria, levou a União Soviética a ratificar tratados de desarmamento que garantiram a política de não agressão entre as duas superpotências.

    Sua atuação à frente da política externa americana foi marcada pela reabertura da China, após duas décadas de isolamento. A diplomacia que ele iniciou com o governo de Mao Tse-tung afastou os chineses da esfera soviética e foi a largada para que o país se tornasse a superpotência que é hoje.

    Kissinger deu o apoio político dentro da Casa Branca ao envolvimento da CIA com parte dos militares chilenos que derrubaram o presidente Salvador Allende em 1973. Ele também apoiou o golpe de 1976 na Argentina e tolerou a chamada Operação Condor, a coordenação entre os regimes ditatoriais na América do Sul para perseguir opositores.

    Mesmo assim, em 1973, ganhou, junto com Le Duc Tho, membro do Partido Comunista do Vietnã, o Prêmio Nobel da Paz pelo seu papel na obtenção do acordo de cessar-fogo no conflito no Sudeste Asiático. A premiação de Kissinger foi uma das mais questionadas da história da instituição. Le Duc Tho recusou o prêmio.

    Após deixar o governo, seguiu influente nas esferas de poder, servindo de conselheiro a todos os presidentes desde então.

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