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    Waack: Putin consolida regime de terror na Rússia

    A morte de Alexei Navalny, o mais destacado político oposicionista, numa prisão gelada, nesta sexta-feira (16), é um divisor de águas até mesmo para os padrões da ditadura russa

    William Waack

    Desde que Vladimir Putin restabeleceu o regime do “homem forte” em Moscou, nunca foi fácil ser oposição ao governo na Rússia. E isso já leva uns 20 anos.

    A morte de Alexei Navalny, o mais destacado político oposicionista, numa prisão gelada, nesta sexta-feira (16), é um divisor de águas até mesmo para os padrões da ditadura russa.

    O sistema presidido por Putin começou fraudando eleições e intimidando qualquer adversário. Depois, passou a matar quem considerava inimigo. E, agora, está consolidando um regime de terror.

    A invasão da Ucrânia mudou a Rússia para pior.

    A guerra serviu também para angariar simpatias de governantes de vários países que, mesmo sendo democracias, como é o caso do Brasil, em nome da contestação da ordem liberal americana, fecham os olhos para o que acontece na Rússia e os crimes de Putin no país invadido.

    E anseiam pelo privilégio da sua companhia, esperançosos de que ele viaje ao Brasil no final do ano para um encontro do G20.

    Por mais medo que espalhe, Putin caiu na armadilha dos “homens fortes”, que vão ficando cada vez mais paranoicos e inseguros aproximando-se do fim da vida.

    No fundo, a liquidação de qualquer oposição demonstra apenas que o “homem forte” não se sente tão forte assim.