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    Waack: Não há sinais de que a tragédia em Gaza vá cessar

    Israel considera seu legítimo direito de defesa o que lhe está custando legitimidade internacional. Dois aspectos são centrais nesta grave situação e aparentemente sem solução

    Escombros de edifícios na Faixa de Gaza
    Escombros de edifícios na Faixa de Gaza 29/02/2024REUTERS/Amir Cohen

    William Waackda CNN

    As cenas em Gaza são horríveis. Pessoas estão morrendo numa fila para entrega de comida.

    Segundo o Hamas, foram mortos por disparos feitos por soldados israelenses.

    Por outro lado, o Exército Israelense afirma que as vítimas foram atropeladas pelos caminhões de comida quando a fila virou caos, admitindo ter feito disparos.

    Os Estados Unidos cobraram explicações do governo israelense, o que hoje é o centro da questão.

    O governo israelense se recusa a admitir interferências de quem quer que seja no que considera seu direito de agir militarmente em defesa.

    Essa operação militar em Gaza, e seu devastador preço em vidas civis, destruiu boa parte do apoio internacional a Israel. Mais ainda, Israel se opõe a um plano de estabelecer um estado palestino na região, fórmula que tem hoje amplo apoio internacional, inclusive por parte de aliados incondicionais de Israel, como os Estados Unidos.

    Em outras palavras, o que Israel considera seu legítimo direito de defesa é o que lhe está custando legitimidade internacional. Dois aspectos são centrais nesta situação grave e aparentemente sem solução.

    O primeiro é o fato de que os Estados Unidos não conseguem levar Israel a aceitar o que também Washington considera essencial no momento, que é um cessar-fogo.

    E o governo israelense, duramente criticado fora e sabendo que dificilmente sobrevive a uma eleição, quer obter de uma operação militar a solução para uma questão fundamentalmente política.

    Não há sinais de que a tragédia vá parar, ou sequer melhorar.