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    Waack: Não falta ambição à política externa brasileira

    O problema é a distância da realidade

    William Waack

    Não falta ambição à política externa brasileira.

    Na abertura da reunião do G20, que o Brasil preside, nesta quinta-feira (21), o chanceler brasileiro propôs uma reforma da governança global.

    Para o Brasil, as instituições multilaterais — leia-se a Organização das Nações Unidas (ONU) — não estão equipadas para lidar com os desafios atuais.

    A pergunta é: quando estiveram?

    A ONU é tão eficaz quanto os entendimentos que as grandes potências conseguem — ou não — estabelecer sobre qualquer questão.

    Não é ela, a ONU, que cria uma ordem mundial, mas o jogo de poder entre os grandes países.

    Nesse jogo de poder, o Brasil vê uma oposição entre o Norte, unido pela aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e o Sul, uma área de paz e cooperação, e que não vai aceitar que questões sejam resolvidas pela força militar.

    O grande conflito da atualidade não é entre Norte e Sul, mas basicamente entre uma superpotência que ancorava uma ordem mundial, os Estados Unidos (EUA), e a subida de uma poderosa desafiante, a China.

    Na destruição da ordem até aqui existente — a gente podia ou não gostar dela — é que vários atores nacionais, como a Rússia, ou subnacionais, como o Hamas, viram a oportunidade de resolver as coisas pela força.

    O foco do Brasil na presidência do G20, conforme declarado, é a tal reforma da governança global.

    De fato, não falta ambição. O problema é a distância da realidade.

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