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    Waack: Milei anuncia choque e espera ajuda divina

    Em seu discurso de posse, chamou atenção a menção a uma passagem bíblica. A que está em Macabeus, e onde se lê que na vitória numa guerra não é importante a quantidade de soldados, mas, sim, a ajuda divina

    William Waack

    Javier Milei anuncia nesta terça-feira (12) como pretende conseguir o que nenhum presidente da Argentina antes dele conseguiu: fazer o único país do mundo que era rico e ficou pobre voltar a ficar rico.

    É um desafio tanto político, quanto econômico, e não dá para separar um do outro, pois o sufoco econômico é resultado, em boa medida, de um sistema político que vegeta há décadas — que só tem produzido atraso e pobreza, e, nas palavras de Milei, uma “casta” política interessada apenas nos próprios privilégios.

    Milei tem condições de retomar o que ele chamou no discurso de posse de uma história de progresso interrompida cem anos atrás? Ele acha que dar um choque é o único jeito de começar.

    Choque de ajuste fiscal — que no começo traz ainda mais miséria. Choque político — tentando atuar ao lado de um Congresso onde não tem base ampla. Choque de gestão — fechando ministérios, sacudindo o funcionalismo público tão forte na Argentina.

    Com a ajuda de quem ele conta, além da inseparável própria irmã, que já empregou no governo?

    Em seu discurso de posse, chamou atenção a menção a uma passagem bíblica. A que está em Macabeus, e onde se lê que na vitória numa guerra não é importante a quantidade de soldados, mas, sim, a ajuda divina.

    É com essa ajuda que conta Milei, autodenominado guerreiro da liberdade. Para quem se diz um liberal, Milei começa o governo com uma interpretação populista da política.

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