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    Waack: Ficou para trás uma ordem internacional que durou uns 70 anos

    Faz um ano que o mundo no qual vamos viver está sendo decidido em campos de batalha na Ucrânia. Faz um ano que a Rússia, com o apoio tácito da China, iniciou uma brutal agressão a um vizinho, a Ucrânia, cujo direito de existir ela não respeita

    William Waackda CNN

    Faz um ano que o mundo no qual vamos viver está sendo decidido em campos de batalha na Ucrânia. Faz um ano que a Rússia, com o apoio tácito da China, iniciou uma brutal agressão a um vizinho, a Ucrânia, cujo direito de existir ela não respeita.

    Ficou para trás uma ordem internacional que durou uns 70 anos. A tal ordem liberal, baseada em respeito a regras e, em boa medida, em organizações multilaterais.

    A nova ordem depende de como vai evoluir um conflito que tem contornos bem claros. Entre autocracias e regimes autoritários, como Rússia e China; e regimes de sociedades abertas lideradas sobretudo pelos Estados Unidos, mas com forte participação da Europa.

    Para o Brasil, é uma delicada e difícil situação. Antes mesmo da guerra da Ucrânia, já piorava a tensão entre as duas superpotências, a China e os Estados Unidos, que são nossos principais parceiros em comércio, por exemplo.

    O espaço para permanecer equidistante destes dois gigantes reduziu-se muito. Nesse sentido, o conflito na Ucrânia é visto igualmente por Rússia e China, de um lado, e aliança ocidental, de outro, como um conflito existencial.

    Sem dúvida é um grande conflito geopolítico, o mais importante da atualidade. Mas quem disse que valores de sociedades – democracia contra autoritarismo, por exemplo – não são parte de conflitos geopolíticos?

    Luta-se por eles, também. É o que está acontecendo agora, nos campos de batalha na Ucrânia.