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    Vontade de Rússia e Ucrânia é fundamental para mediar conflito, diz Amorim

    Declaração do diplomata consta no discurso que ele escreveu para a reunião de Assessores de Segurança Nacional sobre a Ucrânia, que acontece em Riade, na Arábia Saudita

    Teo Curyda CNN , São Paulo

    O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou neste sábado (16) que a vontade da Rússia e da Ucrânia em participar de negociações em busca da paz é fundamental para o sucesso dos esforços diplomáticos.

    A declaração de Amorim consta no discurso que ele escreveu para a reunião de Assessores de Segurança Nacional sobre a Ucrânia que acontece em Riade, na Arábia Saudita. O assessor especial não pôde estar presente no encontro.

    A Arábia Saudita se colocou como possível mediadora da guerra e mantém contatos com Rússia e Ucrânia. O país organiza reuniões com um grupo de nações que possa atuar como facilitador entre Rússia e Ucrânia.

    O Brasil já participou de três encontros que aconteceram em Copenhague, na Dinamarca, Jedá, na Arábia Saudita, e Malta.

    Em seu discurso, Amorim disse que o Brasil busca contribuir para promover o diálogo, direto ou indireto, entre Rússia e Ucrânia, de acordo com a linha de atuação da política externa brasileira adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O assessor especial do presidente afirmou que, nas conversas, tem sublinhado reiteradamente a visão do Brasil de que o diálogo é essencial para que este processo produza resultados.

    “Enquanto o conflito avança para um terceiro ano, ainda não há aberturas para o diálogo ou uma perspectiva crível para a cessação das hostilidades. A vontade das partes em participar de negociações é fundamental para o sucesso de nossos esforços diplomáticos”, disse Amorim.

    Ao pregar o diálogo como saída para a solução da guerra entre Rússia e Ucrânia, Amorim lembrou aos colegas do impacto positivo da diplomacia no conflito entre Venezuela e Guiana.

    A Comunidade do Caribe e a Comunidade da América Latina e Caribe, além do governo brasileiro, atuaram para o encontro entre Nicolás Maduro e Irfaan Ali o governo brasileiro.

    “Sem pretender oferecer soluções para controvérsias de longa data, os dois Chefes de Estado concordaram com um processo diplomático que possa abrir caminho para uma resolução pacífica de sua disputa bilateral”, afirmou Amorim.

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