Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Vladimir Putin diz que tem relação “boa e de amizade” com Lula

    Ainda assim, presidente afirmou que Rússia tem posição diferente do Brasil em relação à crise na Venezuela

    Da CNN

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24) que tem relação “boa e de amizade” com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A fala aconteceu após a Cúpula dos Brics, enquanto Putin falava sobre a Venezuela e ponderava que a Rússia tem uma posição diferente do Brasil em relação à crise no país sul-americano após as eleições presidenciais.

    O líder russo afirmou que espera que Brasil e Venezuela possam achar “coisas em comum” em reuniões bilaterais.

    “Conheço o presidente Lula como pessoa muito honesta, muito boa e tenho certeza que ele — conheço as posições de objetividade — vai analisar essa situação”, comentou.

    Lula tinha viagem marcada para a Rússia para participar da Cúpula dos Brics, mas cancelou a ida ao exterior após sofrer um acidente doméstico.

    O petista conversou com Putin por telefone na terça-feira (22). Sobre isso, o chefe de Estado russo afirmou nesta quinta que o brasileiro “pediu para passar algumas palavras ao presidente da Venezuela” durante a ligação, mas não deu mais detalhes.

    Entrada da Venezuela nos Brics

    Durante a Cúpula dos Brics, os integrantes do bloco discutiram a expansão do grupo e convite para nações como “países parceiros”.

    A CNN apurou que uma lista com 13 países — que ainda devem ser consultados e, efetivamente, convidados — deixou a Venezuela de fora. Ainda assim, Nicolás Maduro afirmou nesta quinta que o país faz parte dos Brics.

    Sobre a possibilidade de que a Venezuela seja convidada para o bloco, Vladimir Putin pontuou que isso só é possível “em caso de consenso” entre os integrantes.

    Entenda a crise na Venezuela

    A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

    Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

    A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

    O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

    O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

    O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

    Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

    Tópicos