Vítimas de ataque na Noruega morreram por facadas, e não flechadas, diz polícia
Forças de segurança do país divulgaram relatório atualizado nesta segunda-feira (18), no qual descrevem a cronologia dos ataques


As cinco vítimas do ataque da semana passada na Noruega foram todas esfaqueadas até a morte, ao invés de mortas com arco e flecha como se pensava anteriormente, disse a polícia nesta segunda-feira (18).
Quatro mulheres e um homem, com idades entre 50 e 70 anos, morreram no ataque na pequena cidade de Kongsberg, na última quarta-feira (13).
De acordo com o relatório inicial, a polícia recebeu relatos de um homem atirando flechas em pessoas em um supermercado pouco depois das 18h no horário local (13h horário de Brasília). Menos de uma hora depois, Espen Andersen Bråthen, um cidadão dinamarquês de 37 anos, foi preso.
Ontem, a polícia divulgou novo comunicado atualizado detalhando a cadeia de eventos na violência de cerca de 35 minutos.
“Como agora se sabe, um policial fora de serviço foi ferido por uma flecha dentro de um supermercado. Agora também se sabe que o acusado saiu do local e desceu até o portão de Peckels, onde [ele] disparou várias flechas contra outras pessoas. O arco e as flechas foram encontrados no portão de Peckels “, disse o comunicado.
“Quando ele chegou no bairro de Hyttegata, ele não estava mais armado com arco e flecha. As cinco pessoas foram mortas esfaqueadas, na região. Algumas foram mortas em suas casas, outras em público”, conclui o documento.
Preocupações com a radicalização
Bråthen está detido em uma enfermaria psiquiátrica de alta segurança, em vez de uma prisão, devido a preocupações com sua saúde mental.
A polícia confirmou novamente que a doença mental parece ser a causa mais provável por trás dos ataques. Bråthen havia se convertido ao Islã e oficiais já haviam entrado em contato com ele, inclusive por causa de preocupações relacionadas à radicalização.
O recém-empossado primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, traçou um paralelo entre o ataque de quarta-feira e os ataques com armas e bombas perpetrados na Noruega em 2011 pelo extremista de extrema direita Anders Behring Breivik, acrescentando que dois ministros em seu novo governo foram sobreviventes daqueles ataques.
“Foi um ato de terrorismo, e este ato que aconteceu ontem naturalmente nos lembra aqueles que experimentaram coisas tão terríveis e nós os apoiaremos”, disse ele em uma entrevista coletiva em Oslo logo após o incidente.
A investigação policial continua.
(Texto traduzido. Clique aqui para ler original em inglês)