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    Violência no Haiti: 10 pessoas são mortas e 4 centrais elétricas são destruídas

    Gangues fazem diversos ataques na capital Porto Príncipe

    Heather LawCaitlin HuIvonne Valdésda CNN

    Ao menos 10 pessoas morreram nesta segunda-feira (18) em uma área residencial de Porto Príncipe, capital do Haiti, confirmou a polícia à CNN. 

    Não está claro quem cometeu os supostos assassinatos, mas um porta-voz da polícia negou envolvimento de agentes da corporação no caso.

    A notícia chega em meio a um aumento na atividade de gangues na área durante a noite e a manhã desta segunda. Testemunhas oculares relataram ter visto corpos caídos na rua com aparentes ferimentos de bala.

    Uma gangue também tem atacado locais próximos a LaBoule, uma área rica localizada em Petionville, ao sul de Porto Príncipe.

    Várias fontes de segurança informaram que membros de gangues atacaram um banco, entre outros alvos, na área.

    Centrais elétricas destruídas

    Quatro centrais elétricas em Porto Príncipe foram destruídas e consideradas “totalmente disfuncionais”, anunciou nesta segunda-feira a empresa nacional Electricidade do Haiti (EDH).

    Supostamente, membros de gangue vandalizaram infraestruturas elétricas e roubaram vários itens, incluindo documentos importantes, instalações elétricas, cabos, inversores, baterias e equipamento informático e de escritório, “agravando ainda mais a situação financeira e técnica da empresa”, ressaltou a companhia.

    A central elétrica de Varreux também foi danificada e não funciona, escreveu a EDH.

    Consequentemente, diversas áreas da área metropolitana de Porto Príncipe não podem receber eletricidade como de costume, levando a temores de que um ataque possa ocorrer em breve.

    A direção-geral da empresa pede ajuda às autoridades com a segurança das suas outras estações espalhadas pelo país, conclui o comunicado.

    Mais de 16 mil pessoas deixaram Porto Príncipe em sete dias

    Enquanto os estrangeiros garantem sua saída do Haiti, os residentes realizam seu próprio êxodo interno e, em apenas sete dias, 16.947 pessoas deixaram a área metropolitana da capital, Porto Príncipe, para se refugiarem em outras províncias.

    Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), esse fluxo aconteceu entre 8 e 14 de março.

    “Os ataques e a insegurança generalizada estão fazendo cada vez mais pessoas a abandonar a capital em busca de refúgio nas províncias, correndo o risco de passar por rotas controladas por gangues”, detalhou o relatório publicado em 15 de março, que coletou dados nas rodoviárias mais utilizadas da cidade.

    Segundo o relatório, a maior parte das pessoas deslocadas devido à escalada da violência foram transportadas para o departamento de Grand Sud, que inclui Grande’Anse, Sur, Nippes e Sudeste.

    O documento destaca que esta região já abrigava mais de 116 mil pessoas que fugiram nos últimos meses.

    Ainda de acordo com a OIM, 83% dos quase 17 mil deslocados em uma semana foram evacuados devido à violência e insegurança em uma cidade controlada por gangues, que já cortaram o abastecimento de alimentos, combustível e água.

    Do total de pessoas que saíram de Porto Príncipe, 52% fizeram a viagem com familiares, sendo mais da metade desses familiares menores de idade; 86% deles são chefes de família e 76% não fogem pela primeira vez. Mais da metade não sabe quanto tempo ficará fora.

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