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    Vieira reafirma posição de neutralidade do Brasil em relação à guerra na Ucrânia

    Em sabatina no Senado, chanceler brasileiro voltou a condenar a violação do território ucraniano e também as sanções contra a Rússia e destacou o papel do presidente Lula nos esforços para um acordo de paz 

    Fábio Mendesda CNN

    O chanceler brasileiro, ministro Mauro Vieira, voltou a posicionar o Brasil como um país neutro em relação à invasão da Ucrânia promovida pela Rússia. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, ele destacou o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na busca por uma solução pacífica para o conflito, com a mediação de vários países.

    “Não estamos interessados em tomar lados, mas em preservar canais de diálogos com todos, única maneira de contribuir efetivamente para a construção de espaços de negociação que conduzam a uma paz efetiva e sustentável”, afirmou.

    Durante sua participação na sabatina, Vieira diz que o país tem buscado “uma posição equilibrada, mas sobretudo construtiva”. Ele voltou a afirmar que o Brasil condena a invasão do território russo e lembrou que o atual governo o fez no Conselho de Segurança e também na Assembleia-Geral da ONU.

     

    Vieira, por outro lado, criticou as sanções promovidas pela comunidade internacional à Rússia, alegando que elas “diminuem o espaço de diálogo e reduzem as chances de uma solução negociada do conflito”.

    O Brasil vem se mobilizando, junto a outros países, para convencer Rússia e Ucrânia a assinarem um cessar-fogo. Em viagem à Europa, Lula sugeriu a criação de um “G20 da Paz”, como alternativa ao Conselho de Segurança da ONU, para a resolução de conflitos.

    “Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, não houve discussão no Conselho de Segurança. Quando a França e a Inglaterra invadiram a Líbia e quando a Rússia invadiu a Ucrânia, também não se discutiu”, afirmou Lula. “Ora, se os membros que têm a responsabilidade de dirigir a paz mundial não pedem licença, por que os outros têm que obedecer? Então, eu acho que está na hora de a gente começar a mudar as coisas. Está na hora de a gente criar o G20 da paz, que deveria ser a ONU”, acrescentou.

    Esta semana, o assessor especial de política externa de Lula, Celso Amorim, se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em busca de entendimentos. No entanto, o líder ucraniano afirmou que o único plano capaz de parar a guerra no país é a “formula ucraniana”, ou seja: a retirada das tropas russas dos territórios ocupados.

    Ainda na sabatina, o ministro das Relações Exteriores afirmou que a participação do presidente Lula na busca por um acordo de paz foi um “fator de novidade”. “O Brasil tem credenciais e patrimônio diplomático suficiente para ajudar a buscar soluções para essa crise, que diz respeito a toda a comunidade internacional”.

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