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    Líbano: vídeos falsos circulam nas redes apontando míssil como causa da explosão

    Objeto foi sobreposto em algumas imagens da explosão ocorrida no porto de Beirute

    Vídeos falsos sobre a explosão devastadora em Beirute ocorrida na terça-feira (4) circulam nas redes sociais. O número de mortos na tragédia subiu para 154, informou a agência de notícias estatal NNA nesta sexta-feira (7). 

    Algumas imagens, originalmente gravadas pela CNN e também por testemunhas que estavam na capital libanesa no momento da tragédia, mostram uma crescente nuvem de fumaça no porto, mas de forma invertida, como se fosse um negativo de fotografia. Além disso, um objeto que parece ser um míssil foi sobreposto em outros vídeos.

    Algumas das gravações falsas foram obtidas a partir da página no Facebook do produtor da CNN Árabe Mehsen Mekhtfe. Ele capturou o momento da explosão enquanto caminhava perto do porto, algo que ele faz com frequência naquela hora do dia.

    “Muitas pessoas entraram em contato comigo para dizer que é falso”, disse ele à CNN, referindo-se ao vídeo do míssil. “Tenho as imagens originais, que não mostram o míssil”, contou.

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    “Posso dizer com certeza que não vi qualquer míssil e não ouvi nenhum jato ou drone sobre mim”, afirmou Mekhtfe.

    A equipe da CNN Árabe em Abu Dhabi foi a primeira a encontrar as imagens e imediatamente as reconheceu como manipuladas. Elas foram encontradas nas grandes plataformas: Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e TikTok.

    Alguns vídeos publicados no Facebook aparecem com um alerta de “informação falsa”, incluindo um que já teve mais de 1,5 mil compartilhamentos. Outros não contêm o aviso, como outro vídeo com cerca de 8,4 mil visualizações.

    A CNN entrou em contato com as empresas das redes sociais, mas teve resposta somente do TikTok e do YouTube.

    “Assim que soubemos desse vídeo, ele foi removido por violar nossa política de conteúdo enganoso”, disse um porta-voz do TikTok. “Antes da remoção, o vídeo já tinha sido automaticamente sinalizado pelo nosso sistema, limitando seu alcance na plataforma. Nossos corações estão com as pessoas de Beirute durante este momento difícil.”

    Por e-mail, um porta-voz do YouTube afirmou que “removemos o vídeo por violar nossas diretrizes”.

    (Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês.)

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