Via aérea é a mais segura para sair do Líbano, diz professor à CNN
Augusto Teixeira destaca riscos terrestres e marítimos, enfatizando a importância da coordenação do espaço aéreo para evacuações
Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, a evacuação de brasileiros e estrangeiros do Líbano tem se tornado uma preocupação urgente.
Segundo o professor Augusto Teixeira, especialista em Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a via aérea emerge como a opção mais segura para deixar o país.
Em entrevista ao CNN 360°, Teixeira explicou: “A via mais segura, por incrível que pareça, é aérea”.
O especialista ressaltou a importância de manter os aeroportos funcionando e garantir uma coordenação eficaz do espaço aéreo para evitar incidentes e danos colaterais à aviação civil.
Riscos das rotas alternativas
O professor destacou os perigos associados às rotas terrestres e marítimas. A Síria, país vizinho ao Líbano, ainda enfrenta os efeitos de uma guerra civil prolongada, apresentando riscos significativos para refugiados e deslocados.
“Se olharmos para Síria, é um país em guerra civil que não obstante, no momento, esteja mais tranquilo, ainda exibe elevados graus de insegurança”, alertou Teixeira.
Quanto à opção marítima, a situação é igualmente complexa. O professor lembrou a destruição do porto do Líbano, ocorrida há alguns anos, que inviabiliza essa rota de fuga.
“O ambiente marítimo se encontra numa situação muito complicada, inclusive com o porto do Líbano destruído, em virtude de uma explosão ocorrida alguns anos atrás”, explicou.
Importância do diálogo internacional
Teixeira enfatizou a necessidade crucial de um debate político-diplomático sobre a segurança aeroportuária. Este diálogo não se limita apenas ao Brasil, mas envolve outros países ocidentais com populações no Líbano que necessitam de evacuação.
“É por isso que o debate político-diplomático sobre a segurança aeroportuária é fundamental, não apenas para o Brasil, mas também para outros países ocidentais que têm suas populações no Líbano e precisam evacuar”, concluiu o especialista, sublinhando a importância da cooperação internacional neste momento crítico.