Veterano de guerra do Iraque se declara culpado de atacar policial do Capitólio
Homem é um dos mais de 660 réus que enfrentam acusações pelos ataques de 6 de janeiro
Um ex-membro da Guarda Nacional que serviu no Iraque se declarou culpado nesta terça-feira (26) de uma acusação de agressão a um policial do Capitólio dos EUA durante o motim de 6 de janeiro por partidários do então presidente Donald Trump.
Mark Leffingwell, 52, foi preso por acusações federais relacionadas a distúrbios pouco depois do ataque, mas foi libertado sob fiança após um breve período de detenção.
Leffingwell se confessou culpado de atacar o policial Daniel Amendola durante o ataque à sede do governo dos EUA, embora ele tenha dito na audiência que empurrou dois policiais depois que eles o empurraram e, em seguida, empurrou um deles novamente.
O advogado de defesa Mark Carroll confirmou ao tribunal que Leffingwell empurrou dois policiais durante o motim e “ele não deveria ter feito isso”. O veterano disse ao tribunal: “Eu não deveria ter entrado (no Capitólio). … Eu não estava tentando atacar.”
A juíza do caso disse que a acusação da qual Leffingwell se declarou culpado pode levar a uma pena de prisão de até oito anos e uma multa de até US$ 250.000 (cerca de R$ 1,4 milhão). Mas as diretrizes federais de condenação recomendam que Leffingwell cumpra uma pena de 24 a 30 meses e pague uma multa menor. A sentença será lida em 10 de fevereiro de 2022.
Mais de 660 réus enfrentam acusações pelo ataque ao Capitólio, no qual partidários de Trump tentaram impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden. O republicano afirmou falsamente que perdeu por causa de uma fraude generalizada de eleitores.
Também na terça-feira, o juiz distrital dos EUA, Trevor McFadden, definiu 13 de junho de 2022 para o julgamento de Kevin e Hunter Seefried, um pai e filho de Delaware que enfrentam acusações de motim.
Os promotores dizem que pouco depois de entrar no Capitólio do Senado, Kevin foi fotografado segurando uma bandeira da Confederação. Os promotores também citaram o vídeo postado no Twitter que, segundo eles, mostra Hunter socando o vidro de uma janela do complexo do Capitólio. Os Seefrieds se declararam inocentes de todas as acusações.