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    Venezuela emite mandado de prisão contra Guaidó, anuncia procurador-geral

    Tarek William Saab também sustentou que será solicitado um alerta vermelho da Interpol contra ex-presidente da Assembleia Nacional

    Karol SuarezStefano Pozzebonda CNN

    As autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão contra Juan Guaidó, ex-líder da oposição e ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, anunciou nesta quinta-feira (5) o procurador-geral do país, Tarek William Saab.

    Em uma entrevista coletiva em Caracas nesta quinta, Saab disse que Guaidó “utilizou recursos” da petrolífera estatal PDVSA “para se financiar, pagar as suas despesas legais e forçou a PDVSA a aceitar os seus termos de refinanciamento”.

    O promotor acrescentou que “essas decisões causaram perdas à nação de US$ 19 bilhões e resultaram na perda quase definitiva da Citgo”, uma subsidiária da PDVSA que Saab definiu como “o ativo mais importante da Venezuela no exterior”.

    “Por isso abrimos uma nova investigação contra o ex-deputado Juan Guaidó e solicitamos um mandado de prisão contra ele”, acrescentou.

    Saab também sustentou que será solicitado um alerta vermelho da Interpol contra Guaidó.

    O mandado de detenção será pelos crimes de traição à pátria, usurpação de funções, lucro ou desvio de dinheiro, valores mobiliários ou bens públicos, branqueamento de capitais e associação, indicou Saab.

    O procurador-geral disse ainda que no país há pelo menos 28 investigações em curso contra Guaidó pelos crimes de usurpação de funções, branqueamento de capitais, terrorismo, tráfico de armas, traição e associação, entre outros.

    “Aqueles que em algum momento acreditaram neste sujeito e saíram para marchar veem que se revelou uma gangue vulgar do pior calibre, que rouba e sequestra”, acrescentou.

    Através da sua conta no X, antigo Twitter, Guaidó reagiu às acusações do Ministério Público e classificou-as como “mentiras” para “perseguir física e moralmente a oposição venezuelana”.

    A CNN entrou em contato com a equipe de Guaidó, mas o seu porta-voz recusou-se a comentar as acusações.

    Devido a ameaças contra ele e após ser expulso da Colômbia, o ex-presidente da Assembleia Nacional Venezuelana está em Miami desde 25 de abril.

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