Venezuela diz que porta-aviões dos EUA no Caribe é “ameaça à paz regional”
EUA se aproximaram da Guiana, país vizinho da Venezuela, discutindo maneiras de garantir segurança na região
Em um novo episódio de tensão entre Estados Unidos, Guiana e Venezuela, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, considerou a presença do porta-aviões americano USS George Washington no Caribe uma ameaça à paz regional.
Ele criticou o anúncio do envio de aeronaves F-18 para sobrevoar a capital da Guiana, Georgetown, e seus arredores.
Na opinião de Padrino López, trata-se de “provocações” do Comando Sul dos EUA patrocinadas pelo governo da Guiana, que, segundo ele, assumiu o papel de “nova colônia americana”.
López alertou que o Sistema Integral de Defesa Aeroespacial da Venezuela permanecerá ativo caso haja qualquer tentativa de violação do espaço aéreo venezuelano.
A reação do ministro da Defesa da Venezuela acontece depois que a embaixada dos EUA na Guiana anunciou na quinta-feira (9) o sobrevoo sobre Georgetown.
Também foi informado que a Diretora de Estratégia, Política e Planos do Comando Sul dos EUA, major-general Julie Nethercot, visitou a Guiana entre 6 e 8 de maio.
Ela se encontrou com o brigadeiro Omar Khan, chefe do Estado-Maior da Defesa da Guiana, para discutir iniciativas contínuas de cooperação e assistência em segurança entre os dois países.
O Comando Sul americano destacou seus objetivos de apoiar seus aliados para dissuadir a violência e fortalecer a capacidade da região para garantir um Hemisfério Ocidental seguro, livre e próspero.
A declaração ressalta ainda a importância contínua e o “compromisso inabalável” que os Estados Unidos colocam na parceria bilateral com a Guiana nos quesitos de defesa e segurança.
O texto também observa que os EUA continuam trabalhando em estreita colaboração com seus parceiros em todo o mundo para fortalecer alianças e parcerias para aprofundar, entre outras coisas, a troca de informações e realiza exercícios conjuntos e combinados complexos.
A Venezuela e a Guiana tiveram desentendimentos recentes por uma disputa territorial histórica, que está atualmente sob a jurisdição da Corte Internacional de Justiça.
