Vaticano quer bispos “mais receptivos” à comunidade LGBTQ+
Documento também pede mais poder de decisão às mulheres na igreja e permissão para que homens casados tornem-se padres em áreas remotas
Bispos católicos romanos devem discutir como a Igreja pode ser mais receptiva à comunidade LGBTQ+ e divorciados, segundo um documento do Vaticano divulgado na terça-feira (20).
Eles também devem refletir sobre como dar mais poder de decisão às mulheres e permitir que elas sejam ordenadas diaconisas, diz o documento.
Com 50 páginas para um sínodo global de bispos, o documento também propõe discussões sobre permitir que homens casados tornem-se padres em áreas remotas — possibilidade que o papa Francisco suspendeu após discussões em uma reunião similar em 2019.
O documento até parece sugerir que a Igreja deveria ser mais compreensiva com pessoas em relações poligâmicas.
O sínodo está em preparação há dois anos, durante os quais católicos ao redor do mundo foram questionados sobre suas visões para a Igreja. A primeira sessão será realizada no próximo mês de outubro, e a segunda, em outubro de 2024.
Após o sínodo, o papa escreve o que é chamado de Exortação Apostólica, um documento oficial apresentando suas visões em que eventuais recomendações devem ser acatadas. Isso deve ocorrer alguns meses após a segunda sessão.