Universidade de Yale pede desculpas por seu papel na escravidão
Nos últimos anos, um número crescente de instituições tem se desculpado formalmente por seu papel histórico no comércio transatlântico de escravos.


A Universidade de Yale emitiu nesta sexta-feira (16) um pedido de desculpas por sua ligação com a escravidão após vários anos de pesquisa e estudo que, segundo a universidade, foram realizados sobre seus laços com o comércio de escravos.
“Hoje, em nome da Universidade de Yale, reconhecemos o papel histórico de nossa universidade e suas associações com a escravidão, bem como o trabalho, as experiências e as contribuições das pessoas escravizadas para a história de nossa universidade, e pedimos desculpas pelas formas como os líderes de Yale, ao longo do curso de nossa história inicial, participaram da escravidão”, disse a instituição educacional dos EUA em um comunicado.
Nos últimos anos, um número crescente de instituições tem se desculpado formalmente por seu papel histórico no comércio transatlântico de escravos. O desejo de confrontar os legados racistas nos EUA ganhou força em 2020 após a morte de George Floyd, um homem negro que foi morto por um policial de Mineápolis.
Desde outubro de 2020, os membros Projeto de Pesquisa sobre Yale e Escravidão realizaram pesquisas sobre as ligações com a escravidão pela universidade sediada em New Haven, Connecticut, tornando públicas suas descobertas.
“Embora não haja registros conhecidos de que a Universidade de Yale teve pessoas escravizadas, muitos dos fundadores puritanos de universidade possuíam pessoas escravizadas, assim como um número significativo dos primeiros líderes de Yale e outros membros proeminentes da comunidade universitária. O Projeto de Pesquisa identificou mais de 200 dessas pessoas escravizadas”, afirmou o comunicado.
“Reconhecer e pedir desculpas por essa história é apenas parte do caminho a seguir”, acrescentou o comunicado.