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    União Europeia não chega a acordo sobre teto de preço para o petróleo russo

    De acordo com diplomatas, a Polônia insiste que o teto do preço a ser pago pelo petróleo russo deve ser menor do que aquele proposto pelo Grupo dos Sete

    Jan Strupczewskida Reuters

    Os governos da União Europeia não chegaram a um acordo, nesta segunda-feira (28), sobre um teto de preço para o petróleo bruto vindo da Rússia transportado por via marítima. A Polônia insistiu que o teto deveria ser menor do que aquele proposto pelo Grupo dos Sete (G7) para reduzir a capacidade de Moscou de financiar a invasão na Ucrânia, disseram diplomatas.

    “Não há acordo. Os textos legais já foram acordados, mas a Polônia ainda não concorda com o preço”, disse um diplomata. Ainda não foi marcada uma nova data para as negociações, disseram diplomatas, embora o mecanismo de teto de preços deva entrar em vigor em 5 de dezembro.

    Se não houver acordo sobre o teto de preço do G7 até a próxima segunda-feira, a UE implementaria medidas mais duras acordadas no final de maio – uma proibição de todas as importações de petróleo bruto russo a partir de 5 de dezembro e de produtos petrolíferos a partir de 5 de fevereiro, disseram os diplomatas da Polônia.

    A Hungria e dois outros estados da Europa Central que não tem acesso ao litoral garantiram isenções dessa proibição para as importações de oleodutos das quais dependem.

    As nações do G7 propuseram uma versão mais branda da proibição da UE para manter estável o fornecimento de petróleo à economia global, já que a Rússia fornece 10% do petróleo mundial.

    Propôs que a UE e outros clientes globais continuem comprando petróleo russo, mas apenas se seu preço estiver igual ou abaixo do nível acordado pelo G7. Isso reduziria a receita do Kremlin.

    O G7 propôs um limite de US$ 65-70 por barril, mas a Polônia e alguns outros argumentam que isso não prejudicará Moscou porque o petróleo russo já está sendo negociado abaixo dessa faixa, por US$ 63,50.

    Com custos de produção russos estimados em cerca de US$ 20, Moscou tem um lucro muito grande com suas exportações de petróleo. Polônia, Lituânia e Estônia têm pressionado por um teto de preço de US$ 30 por barril.

    “Os poloneses são totalmente inflexíveis quanto ao preço, sem sugerir uma alternativa aceitável”, disse o diplomata da UE. “Claramente há uma irritação crescente com a posição polonesa.”

    Malta, Chipre e Grécia estavam preocupados com o fato de a proposta de limite do G7 ser muito baixa, afetando suas grandes indústrias de navegação, mas diplomatas disseram que obtiveram algumas concessões nos textos legais e não eram mais um obstáculo para um acordo.

    A ideia de impor o limite do G7 é proibir as companhias de navegação, seguros e resseguros de manusear cargas de petróleo russo em todo o mundo, a menos que seja vendido por menos do que o preço estabelecido pelo G7 e seus aliados.

    Como as principais empresas de navegação e seguros do mundo estão nos países do G7, o teto de preço tornaria muito difícil para Moscou vender seu petróleo por um preço mais alto.

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