União Europeia alerta redes sociais para risco de “transmissão ao vivo de execuções” pelo Hamas
Grupo armado afirmou que começará a exibir as execuções se Israel atacar pessoas em Gaza sem aviso prévio
A União Europeia (UE) pediu às plataformas de rede social que se preparem para o risco de execuções serem transmitidas ao vivo pelo Hamas, segundo o comissário para o mercado interno do bloco, Thierry Breton, nesta quarta-feira (18).
“Como parte das nossas interações com as plataformas, pedimos especificamente que se preparem para o risco de execuções transmitidas ao vivo pelo Hamas, um risco iminente do qual devemos proteger os nossos cidadãos, e procuramos garantias de que as plataformas estão bem preparadas para tais possibilidades”, disse Breton em discurso no Parlamento Europeu.
Veja também — CNN mostra situação em hospital de Gaza após bombardeio
Um porta-voz das Brigadas Al-Qassam do Hamas afirmou na semana passada que o grupo radical islâmico começará a executar reféns civis e a transmiti-los se Israel atacar pessoas em Gaza sem aviso prévio.
“Declaramos que responderemos a qualquer ataque contra o nosso povo que está seguro em suas casas sem aviso prévio, com a execução de nossos reféns civis, e iremos transmiti-lo com áudio e vídeo”, advertiu Abu Obaida em um comunicado de áudio transmitido na rede Al Jazeera árabe.
Brenton, por sua vez, pontuou: “Mas sejamos claros sobre esta abordagem. Ao apontar a responsabilidade das plataformas, e dos seus CEOs, na gestão (ou falta de gestão) do conteúdo ilegal distribuído nas suas plataformas, estamos enviando um sinal muito explícito: as coisas mudaram na Europa. Existe uma lei. Ela deve ser respeitada”.
“E deixe-me ser muito claro: a forma como as plataformas respondem às questões da Comissão será incluída nos nossos relatórios sobre o cumprimento das suas obrigações ao abrigo do DSA”, concluiu.
A Lei dos Serviços Digitais (DSA) é um regulamento da legislação da UE que visa criar um espaço digital mais seguro, onde os direitos fundamentais dos utilizadores sejam protegidos e estabelecer condições de concorrência equitativas para as empresas.
*Kareem El Damanhoury, da CNN, contribuiu para esta reportagem
