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    UE fecha espaço aéreo para aviões russos e impõe novas sanções a Belarus

    União Europeia também proibirá que estatais russas Today e Sputnik passem propagandas russas

    Artur NicoceliCarolina Figueiredoda CNN* , São Paulo

    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou, neste domingo (27), que a União Europeia (UE) irá banir voos, impor novas sanções a Belarus e proibir canais de propaganda russos. As medidas são uma retaliação ao governo do presidente Vladimir Putin, que nesta semana iniciou uma invasão contra o território da Ucrânia.

    “Primeiro, estamos fechando o espaço aéreo da UE para aeronaves de propriedade russa, registradas na Rússia ou controladas pelo país. Elas não poderão pousar, decolar ou sobrevoar o território da União Europeia”, disse. “Incluindo os jatos particulares dos oligarcas”.

    Dessa forma, o espaço aéreo da União Europeia estará fechado para a Rússia.

    Como segunda medida, a União Europeia pretende propor um novo pacote de sanções a Belarus. Ursula afirma que irá introduzir medidas restritivas aos setores mais importantes do país do Leste Europeu, como exportação de minério de ferro, tabaco e aço.

    O movimento ocorre um dia após a presidente da Comissão Europeia afirmar que os bancos russos selecionados foram excluídos do sistema global de pagamentos, o Swift. “Este é um momento decisivo para a nossa União”, disse ela em um breve comunicado.

    E uma terceira medida também será tomada pela União Europeia. Ursula declarou que as estatais russas Today e Sputnik, e suas subsidiárias, “não poderão mais espalhar suas mentiras para justificar a guerra de Putin”.

    “Estamos desenvolvendo ferramentas para banir sua desinformação tóxica e prejudicial na Europa”.

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”697682″ title_galeria=”Rússia ataca a Ucrânia durante a madrugada desta quinta”/]

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer de quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    Pelo menos 64 civis foram mortos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, informou a ONU neste domingo (27).

    O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da agência relatou “pelo menos 240 vítimas civis, incluindo pelo menos 64 pessoas mortas” nos combates que eclodiram desde que Moscou lançou o ataque contra a Ucrânia.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos. A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    *Com Reuters

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