UE e Ucrânia investigarão conjuntamente supostos crimes de guerra russos

Decisão foi anunciada pela presidente da Comissão da União Europeia, Ursula von der Leyen, após divulgação de imagens chocantes da cidade de Bucha
por: James Frater e por: Amy Cassidy da CNN
Danos de áreas de conflito na cidade de Bucha, na Ucrânia, em 03 de abril de 2022  • Anadolu Agency/Getty Images

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A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira (4) que estabeleceu uma equipe de investigação conjunta com a Ucrânia para investigar supostos crimes de guerra russos e crimes contra a humanidade depois que imagens chocantes surgiram da cidade de Bucha após a retirada das forças russas da área.

A presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, ofereceu ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky suas condolências pelos "assassinatos terríveis" que foram revelados no fim de semana no que ela descreveu como "imagens angustiantes" em um comunicado à imprensa.

"A UE está pronta para reforçar este esforço enviando equipas de investigação no local para apoiar o Ministério Público ucraniano. A Eurojust e a Europol estão prontas para ajudar", afirmou.

"É necessária uma resposta global. Estão em curso conversações entre a Eurojust e o Tribunal Penal Internacional para unir forças e para que o Tribunal faça parte da Equipa Conjunta de Investigação. Essa abordagem coordenada por parte das autoridades ucranianas, da UE, dos seus Estados-Membros e agências e do Tribunal Penal Internacional permitirá que as provas sejam recolhidas, analisadas e tratadas da forma mais completa e eficaz possível."

"Encarreguei o comissário de Justiça Didier Reynders de acompanhar e entrar em contato com o procurador-geral ucraniano. A Comissão fornecerá todo o apoio técnico e financeiro necessário a todas as investigações lideradas pela UE", disse ela.

A Rússia nega a acusação do massacre em Bucha. O porta-voz do Kremlin, Dimtry Peskov, disse a repórteres que os fatos e a cronologia dos eventos em Bucha não apoiam a versão dos eventos da Ucrânia e instou os líderes internacionais a não se apressarem em julgar. Segundo Peskov, há dias de diferença entre a saída russa da cidade e o aparecimento dos corpos.

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