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    Ucranianos estão lutando pelo futuro democrático do país, diz prefeito de Kiev à CNN

    Chamando os soldados ucranianos de "heróis", Vitali Klitschko disse estar orgulhoso do exército e dos civis que pegaram em armas para defender a capital

    Da CNN

    Vitali Klitschko, prefeito da capital da Ucrânia, Kiev, disse a Anderson Cooper, da CNN, que está orgulhoso dos cidadãos ucranianos por defenderem seu país e vê a batalha pela frente como uma luta por seu futuro.

    Klitschko disse que Kiev está sob um ataque “ininterrupto” das tropas russas e do que ele chamou de “grupos de agressão russos”.

    “Nós ouvimos explosões a cada hora durante a noite passada, durante toda a noite passada, nos últimos quatro dias. As pessoas estão muito nervosas, passam muito tempo em bunkers”, disse ele.

    Chamando os soldados ucranianos de “heróis”, Klitschko disse estar orgulhoso do exército e dos civis do país que pegaram em armas para defender a capital.

    “Tantos milhares de civis vêm e constroem defesas. As pessoas pegam as armas e estão prontas para defender nossas casas, defender nossas famílias, defender nosso futuro e nosso país. E estou muito orgulhoso”, afirmou.

    “Estamos prontos para lutar e prontos para morrer por nosso país natal, por nossas famílias, porque é nosso lar. É nosso futuro e alguém quer entrar em nossa casa e roubar nosso futuro de nós”, acrescentou.

    Klitschko disse que “não está pronto” para responder quanto tempo Kiev pode resistir à invasão russa, mas acrescentou que pode levar “muito tempo”.

    Em uma mensagem ao presidente russo, Vladimir Putin, o prefeito disse que a Ucrânia fazia parte da União Soviética e não quer a Rússia de volta.

    “Vemos nosso futuro como um país europeu democrático e moderno. É isso. Sem discussão. É nosso objetivo. Estamos lutando por isso. Estamos lutando por nosso país. Estamos lutando por nosso sonho”, finalizou.

    Klitschko é um ex-campeão de boxe peso pesado conhecido como “Dr. Punho de Ferro” e é prefeito de Kiev desde 2014.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    As forças de segurança ucranianas nas ruas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022. / Anadolu Agency via Getty Images

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (*Com informações da Reuters e da CNN Internacional) 

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