Ucrânia: sete corredores humanitários foram abertos, mas ainda sem Mariupol
Civis que tentarem deixar a cidade sitiada deverão se dirigir a Berdyansk, disse vice-primeira-ministra


Foi alcançado um acordo sobre o estabelecimento de sete corredores humanitários para evacuar civis de cidades e vilas ucranianas nesta quinta-feira (24), disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.
Porém, segundo ela, os civis que tentarem deixar a sitiada cidade de Mariupol encontrarão transporte na vizinha Berdyansk — deixando claro que a Rússia não permitiu que um corredor seguro seja criado para ou do centro da cidade portuária do sul.
A mesma situação ocorreu na segunda-feira (21), quando foram acordados oito passagens para os civis, mas uma saída de Mariupol continuou impossibilitada.
Vereshchuk disse na terça-feira (22) que pelo menos 100 mil civis queriam fugir de Mariupol, no sul da Ucrânia, mas não conseguiram devido à falta de corredores seguros para sair da cidade portuária sitiada.
Os ataques russos levaram a um colapso total nos serviços básicos – com os moradores sem acesso a gás, eletricidade ou água. Corpos estão sendo deixados na rua porque ou não há ninguém para recolhê-los, ou é simplesmente muito perigoso tentar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a cidade “está sendo reduzida a cinzas”, mas que “sobreviverá.” Um oficial ucraniano afirmou que a cidade segue sob pesado bombardeio russo: “bombas caem a cada 10 minutos.”